O amor como doença

"Uma escala em Paris" ("Thirst Street", no original em inglês) é um filme despretensioso, quase bobo, e pouco teria para prender nossos olhos na tela. E, no entanto, a obsessão da aeromoça americana Gina (Lindsay Burdge) pelo garçom francês Jérôme (D...

Sobre ser Ronnie Von

Desde que mexeram em alguma coisa no sistema de transmissão da televisão, fiquei reduzido a uma dúzia de canais da TV aberta. Destes, oito transmitem programas evangélicos em tempo integral. De vez em quando, passo alguns minutos me entretendo com pa...

Urgência: uma visita indesejada

Vivemos um período em que as atividades no ambiente de trabalho ganharam uma velocidade extraordinária. Em parte, isso tem relação direta com a tecnologia que avançou nas últimas décadas e ofereceu facilidades para resolver tudo com rapidez. No entan...

Carta sincera às mães

Senhoras mães, Como vocês têm coração grande, vou me permitir começar essa conversa com um grande desabafo, pois sei que não vão me querer mal: o que mais me espanta em vocês, é a incrível dificuldade em dizer não e, certas horas, a incapacidade de d...

A oportunidade também faz o bom cidadão

A avalanche de corrupção vem causando um movimento que até pouco tempo não era uma preocupação empresarial: a de criar dispositivos que possam barrar desvios de conduta dos funcionários. Tanto é que as organizações comprometidas com a ética já implan...

Sem tempo para vestir o pijama

“Fui para um resort no Nordeste exatamente na baixa temporada, pois queria tranquilidade e poucos hóspedes. Cheguei lá e o hotel estava lotado de senhores e senhoras da terceira idade”, confidenciou um cliente que retornava de férias na semana passad...

Elos perdidos

Ontem fui visitar velhos parentes do tronco familiar lusitano. Depois de alguns anos de pesquisa, eis que uma diligente senhora – de uma prolixidade imensa, mas de igual simpatia – os localizou numa casinha do centro do Porto, onde vivem na paz que s...

Deseducação financeira

Foi o taxista Inácio, um paraibano bom de prosa, quem me contou a história daquele seu conterrâneo, o homem sorridente que vendia pipoca à porta da igrejinha nos fins de semana. De tez acobreada, calvo, bigode discreto e sempre pronto para sorrir, já...

Seis meses de suplício

Quando você encontrar alguém muito expansivo, uma dessas pessoas que falam sem peias sobre as dimensões aparentemente mais íntimas da vida, reconsidere-a sob outro olhar. Isso porque pode ser que ela esteja escondendo algo de mais fundamental, alguma...

Luz cortada

Cheguei de viagem a meu apartamento paulistano e lá estava o porteiro rindo de um canto a outro da boca. Antes mesmo de me passar a correspondência, já foi dizendo com todos os dentes amarelados de nicotina: "Cortaram a luz do apartamento do senhor"....

Vida “on-line" e "off-line"

Até dez anos atrás, sempre que estava no Recife, não havia dia que não começasse com uma caminhada na praia. Para tanto, bastava atravessar a rua, escolher se ia à direita ou à esquerda, de acordo com o nível da maré, e percorrer a passos acelerados ...

Órfãos do amanhã

Refém do ontem, muita gente se sente antecipadamente órfã no amanhã. A virtual demolição de projetos caros nos remete a um estado de estresse comparável ao que nos acomete quando da perda de um ente querido. Pergunto: como poderia ser diferente? Igua...

A pedagogia do fracasso

Quando o dia amanheceu, despertei com as seguintes frases a martelar: "Meus fracassos foram minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu". Mais parecia que elas tinham vindo em sonho, o que não me espantaria.  Pois bem, só agora no...

Reconhecimento

Quem me conhece, sabe que não sou muito de afagar animais. Seja ele cavalo, passarinho, gato ou cachorro. Engraçado é que eles percebem que não fomos feitos um para o outro. Mesmo o mais engraçado dos cães, logo se entediará com minha atenção fingida...

Pre-pa-ra: no fone dos 60+ só dá Anitta

O segmento de consumo que mais cresce no país está cada vez mais integrado com as novas tecnologias. Um dos destaques são os serviços de música por streaming que ficam cada vez mais populares e acessíveis considerando que 61% dos 60+ no Brasil já pos...

Por que não?

Semana passada, postei aqui mesmo no blog "Ao redor do mundo" um e-mail triste que me chegara do Japão (relembre aqui). Publiquei-o depois de editado no Facebook e, por conta dele, recebi mensagens pesarosas de gente que lamentava a sina de meu amigo...

Marcado para morrer

Há cerca de dois anos, uma amiga nordestina que se julga profunda conhecedora do corpo e da alma humana, abordou-me num restaurante e, de olhos arregalados, vaticinou: "Passa da hora de você fazer uma dieta séria. Você engordou muito e desse jeito va...

Casual Friday

Nos tempos em que trabalhávamos de terno e gravata, isto é, até o começo deste milênio, eram raros os que apareciam nos ambientes mais formais em trajes esportivos. A impressão que dava era que a pessoa em questão estava fora de combate, e que tinha ...

A falácia da diferença

No meu segundo ano de blog, aqui em AMANHÃ, fiz um post comentando a saída das Casas Bahia do Rio Grande do Sul. Queixei-me da explicação simplista sobre a desistência da varejista veiculada pela imprensa local, que atribuía ao “bairrismo” dos gaúcho...

Cinema é a maior diversão

Se há algo que lamento, é que tenha passado boa parte dos anos 1980-1990 razoavelmente distante das salas de cinema. Não que não as tenha frequentado de jeito nenhum, longe disso. Mas normalmente só acorria ao cinema quando se tratava de filmes ditos...