Mais de 15 milhões de consumidores sofreram golpes financeiros no último ano
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, mostra que 41% dos entrevistados sofreram alguma fraude ou alguma tentativa de fraude em instituições financeiras nos últimos 12 meses, representando aproximadamente 15,5 milhões de consumidores.
O principal tipo de golpe foi o pagamento adiantado de um benefício ou bem, que nunca recebeu (5%), transferência de dinheiro para compra de produtos em anúncios falsos postados em redes sociais clonadas de amigos e/ou conhecidos (4%), cartão de crédito e/ou débito clonado (3%), transferência bancária ou Pix para alguém se passando por um contato conhecido (3%), e transação financeira (saques, pagamentos ou transferências) na conta bancária sem autorização (3%).
Ou seja, apesar de haver estratégias mais comuns e fáceis de reconhecer, os tipos de golpes aplicados são diversificados. "Os golpes financeiros estão cada vez mais sofisticados, exigindo do consumidor muita atenção e cautela na hora de cada transação. Um exemplo é o uso da inteligência artificial que muitas vezes recria a voz e até mesmo a imagem de uma pessoa conhecida para convencer as pessoas a fazerem uma compra falsa. É importante o consumidor sempre verificar e confirmar se aquela compra é real antes de fazer qualquer pagamento ou transferência", alerta o presidente da CNDL, José César da Costa. Depois do ocorrido, 28% negociaram com a empresa, instituição financeira ou pessoa para reaver valores. De acordo com o estudo, a maioria (61%) conseguiu recuperar o dinheiro, sendo que 30% recuperaram o valor total perdido no golpe (veja os gráficos).
Como evitar cair em fraudes
As principais táticas para evitar cair em fraudes, citadas por mais da metade dos entrevistados, são: evitar compartilhar informações pessoais desnecessárias, desconfiar da possibilidade de ganhar dinheiro fácil , sempre checar informações oficiais, desconfiar de contatos desconhecidos, ligações de números de outros estados, ou mensagens de pessoas não reconhecidas e desconfiar de ofertas de produtos e serviços com preços muito abaixo do mercado.
A essas, podem ser acrescentados outros cuidados, como garantir que documentos, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos, ficar atento com links e arquivos enviados por mensagens, não fornecer senhas e verificar se é realmente a pessoa antes de fazer qualquer transferência. É importante também monitorar o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de alguma compra ou empréstimo indevido.
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