Uso do Pix é maior nos municípios de população mais jovem
O Pix se tornou o meio de pagamento mais frequente na rotina dos brasileiros. A população de até 29 anos é a que utilizou o Pix com maior frequência mensal no ano passado. Os dados fazem parte da segunda edição da pesquisa "Geografia do Pix", do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira (FGVCemif) da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP).O estudo também analisou o uso desse meio de pagamento por taxa de alfabetização nos municípios do país e constatou que, quanto maior o índice de alfabetização da população, maior a taxa de adesão (57,1%) e do valor médio por transação do Pix (R$ 231,43). Nos locais nos quais a alfabetização é mais baixa há uma maior frequência do uso desse meio de pagamento mensalmente.
"Nos municípios mais ricos e alfabetizados, a adesão ao Pix é maior. Entretanto, nos mais pobres, ele é mais usado. Isso pode ocorrer porque usuários de maior renda têm à disposição uma diversidade maior de meios de pagamento além do Pix, como cartões, TED etc., ou seja, a intensidade do uso do Pix tende a ser maior na baixa renda", analisa Lauro Gonzalez, coordenador do FGVcemif e um dos autores do estudo. A pesquisa também dividiu os municípios brasileiros em quatro grupos conforme a proporção de beneficiários do Bolsa Família. O resultado mostrou que os municípios com mais beneficiários realizam mais Pix (33 por mês), mas de menor valor (R$ 141,77), apesar de taxa adesão semelhante (51,10%).
Gonzalez, coordenador do FGVcemif, explica os motivos para esses resultados. "Além do fator renda e diversidade de meios de pagamento, há evidências de que o Pix se tornou um sinônimo de conta bancária na baixa renda. As contas digitais são usadas principalmente como um meio para fazer Pix. A transferência de recursos para amigos e parentes são impulsionadores para uso do Pix", constata.
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