Reforma tributária deve gerar incremento de 19,5% no PIB da indústria da construção civil
A reforma tributária deve provocar incremento adicional de 19,5% no Produto Interno Bruto (PIB) da indústria da construção civil em 15 anos. Para a indústria em geral, o ganho é estimado em 16,6%, de acordo com a projeção calculada pela Universidade Federal de Minas Gerais. Esse crescimento ocorre, principalmente, pela redução no custo de investimentos, apontaram os palestrantes do seminário Impactos da Reforma Tributária na Indústria da Construção, promovido pelo Sistema Fiergs nesta segunda-feira (19), em Porto Alegre.
"É uma mudança de conceito para a indústria", resumiu o superintendente de economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mario Sergio Carraro Telles. Segundo o economista, a reforma tributária aprovada no final do ano passado estimula o crescimento econômico, favorecendo o fim das distorções nas decisões de produção resultantes da cumulatividade, a melhor alocação dos recursos produtivos na economia, gerando cadeias produtivas e empresas organizadas com maior eficiência. Entre as principais alterações está a unificação dos tributos, como ICMS, PIS e Cofins para um único Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que prevê sua transição em oito anos para o novo sistema. A reforma, que começa em fase de teste em 2026, projeta conclusão para 2033.
Para o advogado e vice-presidente da área jurídica da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Fernando Guedes, as empresas devem se preparar para as mudanças que são significativas para o setor, com adaptações de pessoal, sistemas, processos, de cálculo e precificação. "Isso tem de ser visto agora, porque no setor da produção, o produto é de maturação longa. Planejamos hoje para começar a construir daqui um, dois anos, vender daqui a três ou cinco anos. Nesse período há impactos que têm que ser definidos e avaliados desde já pelas empresas", destacou. Guedes apontou que cerca de 220 mil empresas e aproximadamente 3 milhões de trabalhadores do setor serão impactados pela reforma no Brasil.
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