“Conexão governança” pauta estratégias para cenários complexos
Nesta quinta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) realizou o evento Conexão Governança — Capítulo Rio Grande do Sul, reunindo executivos, lideranças e membros de conselhos administrativos para compartilhar experiências com stahekolders de empresas e pautar as discussões mais relevantes da área. As discussões abordaram desafios da governança na perspectiva dos conselhos consultivos e de altas lideranças executivas, incluindo temas como cultura empresarial, desafios estratégicos e as transformações provocadas pela inteligência artificial. Durante a abertura do evento, houve o lançamento do livro Jornada de Propósito — O IBGC e os 30 anos da governança corporativa no Brasil, disponível para download no site da entidade.
Desafios para navegar cenários de incerteza
Para a presidente do conselho de administração da FCC, Leila Loria, "o papel do presidente do conselho se tornou muito mais relevante e muito mais difícil de ser operado". Sobre isso, ela analisa que a maioria dos conselheiros já foram CEOs, posição que exige competências diversas das executadas pelos conselhos. Além disso, agendas geopolíticas, e desafios como mudanças climáticas e futuro do trabalho acrescentam desafios à complexidade das discussões. Por isso, o preparo profissional e o papel dos comitês são essenciais, em sua visão, para o sucesso da presidência.
O presidente do conselho de administração da RandonCorp, David Randon, compartilhou desafios de sua trajetória enquanto membro da segunda geração da empresa familiar. Engenheiro mecânico por formação, teve passagem pelo chão de fábrica até chegar ao conselho. Para ele, um dos principais desafios foi introduzir o planejamento estratégico, já que até então as decisões eram centralizadas. E sua orientação para os pares é conciliar interesses de todos. "Ser CEO é mais fácil do que ser presidente de conselho, pois este tem de ampliar sua visão. Minha trajetória executiva foi pautada em ouvir diferentes visões e criar consenso entre todos", comenta.
No encerramento das discussões, o fundador e CEO da consultoria em transformação digital Meta, Telmo Costa, alertou para as mudanças que a Inteligência Artificial deve representar para os conselhos, e definiu a tecnologia como "uma nova lente na tomada de decisões". Às empresas, ele recomenda investir no letramento: definir conceitos e colocar todos no mesmo nível de conhecimento, o que o executivo considera fundamental para estabelecer os projetos piloto e os objetivos comuns.
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