Varejo registra queda de 0,2% em maio

Na comparação com maio de 2024, houve alta de 2,1% no volume de vendas
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação foram beneficiados pela baixa do dólar

As vendas no comércio varejista no país, na passagem de abril para maio, apresentaram queda de 0,2%, mantendo o índice no campo da estabilidade pelo segundo mês consecutivo (-0,4% em abril). Com isso, a média móvel trimestral foi de 0,1% no trimestre encerrado em maio. Na comparação com maio de 2024, houve alta de 2,1% no volume de vendas. No indicador dos últimos doze meses, o ganho foi de 3,0% e no acumulado no ano, 2,2%. No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, o volume de vendas cresceu 0,3% em maio. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE.

O cenário de estabilidade do índice pode ser explicado pelos resultados de março, quando o índice atingiu o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. "É o efeito base, ou seja, estabilidade depois de alta, não sendo uma alta qualquer, haja visto que março é o topo da série, além do recuo do crédito à pessoa física", esclarece o gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, Cristiano Santos. Das atividades investigadas, houve variações positivas no volume de vendas de cinco das oito atividades do comércio varejista: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3%), móveis e eletrodomésticos (2,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,7%), tecidos, vestuário e calçados (1,1%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%).

De acordo com Santos, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou resultados positivos em dois dos últimos três meses (março e maio), os quais têm relação com a depreciação do dólar que acontece desde fevereiro. "Já o resultado positivo para móveis e eletrodomésticos, também em maio, reflete um ano melhor para a categoria, que vinha se desenvolvendo com um certo viés negativo até o primeiro semestre do ano passado, mas que depois disso teve um bom período de crescimento a partir do segundo semestre de 2024 e primeiro semestre de 2025, apesar dos resultados negativos em março e abril", esclarece.

Por outro lado, entre abril e maio de 2025, os resultados negativos ficaram por conta de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,1%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%) e Combustíveis e lubrificantes (-1,7%). No comércio varejista ampliado, veículos e motos, partes e peças cresceu 1,5%, enquanto material de construção apresentou estabilidade (0,0%) na passagem de abril para maio de 2025. "No caso do varejo ampliado, a gente teve um resultado positivo, mas também com leitura de estabilidade, muito diferente do que aconteceu nos meses anteriores, em que tinha caído 1,9% em abril depois de um crescimento de 1,7%", explica Santos.

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Terça, 08 Julho 2025

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