Reoneração dos combustíveis eleva pressão sobre custo de produção, avalia Fiesc
A reoneração dos combustíveis, confirmada nesta semana pelo governo federal, vai elevar os custos do setor produtivo e da população, provocando pressão inflacionária, alerta a Federação das Indústrias (Fiesc). A entidade defende a redução dos gastos públicos para garantir o equilíbrio fiscal e vê com preocupação as indicações do Executivo no sentido contrário. "O atual governo sinaliza substancial expansão de gastos e pouca atenção à redução de despesas. Isso aumenta o risco de emprestar ao governo, impactando a taxa de juros. Essa, sim, é uma questão crucial para o consumo, produção, investimento e emprego; ou seja, para a efetiva melhora de vida da população brasileira", afirma o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, por meio de nota.
Para a entidade, a confiança do mercado, necessária para reduzir os juros, não se sustenta em impulsos arrecadatórios de curto prazo, mas na análise criteriosa sobre a eficiência dos gastos, o empenho em diminuir despesas supérfluas e a realização de reformas modernizadoras do Estado, como a administrativa. "É importante que o governo dê sinais robustos nessa direção, para criar um ambiente de confiança para a retomada do crescimento", finaliza Aguiar, lembrando que a competitividade do país depende de um Estado menor, para que a carga tributária possa reduzir, permitindo o crescimento sustentado no longo prazo.
Até o fechamento desta matéria, as federações de indústrias do Paraná (Fiep) e do Rio Grande do Sul não haviam se manifestado sobre o assunto.
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