Perspectivas mostram sinais de economias mais fortes
No primeiro dia da Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial 2020, os líderes relataram as respectivas perspectivas estratégicas de suas regiões, destacando a cooperação para melhorar o comércio e o crescimento econômico. Na América Latina, novos governos estão enfrentando pressões domésticas que atravessam fronteiras, mas líderes na Argentina, Brasil e México estão tomando medidas para fortalecer suas economias.
"Nosso desafio nacional é nos separar da década perdida (a última década) e fazer da Argentina um colaborador para uma América Latina mais forte", reiterou Guillermo Nielsen, enviado especial do governo da Argentina e presidente da YPF. Os dois principais desafios do presidente Alberto Fernández, da Argentina, são reestruturar a dívida e lançar o país em um caminho de crescimento. Os planos para chegar ao centro de crescimento aumentam as exportações nos setores de agricultura, mineração e energia, disse Nielsen.
O Brasil busca "reindustrializar a economia" desenvolvendo infraestrutura que trará gás natural da Bolívia para o país e, de acordo com Paulo Guedes, ministro da Economia do Brasil, as reformas legais criarão maior flexibilidade para a economia, removendo as barreiras regulatórias. Depois que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, assumiu o cargo há um ano, o governo começou a atacar políticas de longo prazo que haviam contribuído para o enfraquecimento da economia, disse Guedes. Uma reforma da previdência social passou no congresso e aliviará a carga futura sobre o governo que estava sob ameaça em suas finanças públicas. "Agora estamos rigorosos em termos fiscais e isso facilita a entrada de investimentos", acrescentou.
Uma sessão sobre o Panorama Estratégico para a Orla do Oceano Índico revelou que a maioria dos países possui acordos regionais de livre comércio entre eles, exceto China e Índia, e a maioria tem enormes déficits comerciais com a China, com termos de comércio que não são equitativos ou transparentes. Sem garantias críveis e uma estrutura robusta, no entanto, a Índia decidiu não se comprometer.
"Pela primeira vez, a Índia demonstrou que o comércio não será determinado pela diplomacia", disse Piyush Goyal, Ministro das Ferrovias e Ministro do Comércio e Indústria. No entanto, a Índia desempenha um papel importante na região do Oceano Índico, é uma de suas maiores economias e se preocupa com os países vizinhos, observou. "Estamos comprometidos em apoiar outros países em seus esforços para combater a mudança climática, particularmente nações insulares menores", resumiu.
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