Fui demitido! E agora?

Nos últimos anos, por conta da crise econômica, milhares de brasileiros vêm se deparando com a dura realidade enfrentada pela demissão. E o mercado mais retraído, não tem poupado hierarquia, posto ou atividade. Quem está empregado, está sujeito a pas...
Fui demitido! E agora?

Nos últimos anos, por conta da crise econômica, milhares de brasileiros vêm se deparando com a dura realidade enfrentada pela demissão. E o mercado mais retraído, não tem poupado hierarquia, posto ou atividade. Quem está empregado, está sujeito a passar por algo desta natureza. Mas como encarar momento tão difícil? Tenho percebido nos últimos tempos que alguns profissionais sêniores têm tido dificuldade para encarar esse baque profissional. Inclusive psicólogos e estudiosos na área de RH têm defendido que algumas pessoas passam por um processo tão doloroso que até é comparado com o luto. 

Para evitar que o fato seja árduo, a primeira coisa que um profissional que perdeu o emprego precisa ter em mente é que o processo faz parte da vida e que ele não é o primeiro e nem o último a ter essa experiência. Isso em mente vai lhe ajudar a manter a autoestima em alta, buscando na serenidade a forma em como vai lidar com a situação. É claro que a pessoa também não pode encarar o período após a demissão como uma fase de férias. Logo após a notícia a dica é se desligar da empresa atual, entendendo que sua rotina não será a mesma, buscando montar a sua própria. Isso inclui um plano para a busca de recolocação, que será a nova meta. 

Comece sua atividade buscando falar com colegas que têm cargos parecidos ou superiores ao seu. Eles terão dicas valiosas e porque não até podendo ser uma espécie de mentoring, que o ajudará a avaliar oportunidades e até mesmo orientá-lo para uma entrevista. Seu currículo precisa estar impecável. Não entre em detalhes. Diga o que você fez, qual projeto realizou em que área esteve responsável, por exemplo. Na sequência acione sua rede de contatos, embora o LinkedIn seja a forma mais utilizada e eficaz, não deixe de usar do relacionamento, olho no olho, para se colocar à disposição. 

Abra o leque. Se você era CLT, por exemplo, não se limite a isso. Pense que, se houver uma possibilidade de consultoria dentro de uma organização, esse trabalho pode lhe render uma vaga definitiva no futuro. Participe de eventos e de encontros de associações de classe onde o seu público técnico estará presente. Sua visibilidade será maior. Além disso, se tiver habilidade para palestrar, mesmo que sem remuneração, não hesite em fazê-la. Seu nome e seu serviço entram na vitrine. 

Jamais tenha vergonha de sua condição momentânea de desempregado. Se a antiga empresa tiver um programa de outplacement (recolocação no mercado) utilize-o com afinco. Caso não, essa pode ser uma boa forma de investimento, visando a volta para o mundo corporativo. Essas consultorias abrem o horizonte e lhe dão suporte na busca pela vaga. Todo esse processo leva tempo, semanas e até meses. Mas se bem estruturado, você vai perceber que a travessia entre a notícia do desemprego até a nova colocação, embora indigesta, não precisa ser encarada como o fim de sua carreira. Pelo contrário, ao final do processo você pode até concluir que, em vez de ter achado que a vida lhe tirou algo, ela, na verdade, lhe proporcionou uma nova oportunidade. 

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Domingo, 15 Dezembro 2024

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