Em Curitiba, nove em cada dez famílias possuem dívidas

Após dois anos de retração, a leve recuperação da economia brasileira em 2017 elevou a massa de rendimentos das famílias. Com isso, os consumidores, mais confiantes, aumentaram a demanda por crédito, fazendo o volume de famílias endividadas nas capit...
Em Curitiba, nove em cada dez famílias possuem dívidas

Após dois anos de retração, a leve recuperação da economia brasileira em 2017 elevou a massa de rendimentos das famílias. Com isso, os consumidores, mais confiantes, aumentaram a demanda por crédito, fazendo o volume de famílias endividadas nas capitais crescer 5,9% no ano passado. Em números absolutos, essa taxa representa um aumento de 540 mil no número de famílias com algum tipo de dívida, ao passar de 9,12 milhões em 2016 para 9,66 milhões em 2017.Os dados são da oitava edição da Radiografia do Crédito e do Endividamento das Famílias nas Capitais Brasileiras. Elaborado anualmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o estudo avalia os efeitos da política de crédito e as condições financeiras das famílias das capitais brasileiras de 2015 a 2017 – período marcado por uma forte crise econômica e início, no ano passado, de um ciclo de recuperação.

Por ser a cidade mais populosa, naturalmente São Paulo detém o maior volume de dívidas. O montante alcançou R$ 5,1 bilhões mensais em dezembro de 2017, registrando alta significativa de 13% em relação ao ano anterior. De todo modo, o Sudeste é responsável por quase a metade do total das dívidas (48%). Vale notar que Belo Horizonte é a capital com o maior valor médio de dívida mensal por família (R$ 2.766), e Vitória, a com a maior taxa de inadimplência (49%).

No Sul, em Curitiba, nove em cada dez famílias possuem algum tipo de dívida. A proporção de endividados na capital paranaense é de 91%, a maior do país e quatro pontos porcentuais superior à registrada em 2016. Na mesma região, Florianópolis, embora mantenha elevada taxa de endividados, reduziu essa proporção de 86% em dezembro de 2016 para 80% no final de 2017, saindo do segundo para o terceiro lugar no ranking geral nacional nesse quesito. Já Porto Alegre é a capital com a segunda maior taxa de famílias que não conseguiram pagar as dívidas na data de vencimento (46%).

No Centro-Oeste, Goiânia detém a posição de capital com a menor taxa de famílias endividadas do país, com apenas 38%, contra uma média do conjunto das capitais de 62%. Brasília, cujo volume de famílias endividadas é o terceiro maior, tem uma taxa de inadimplência de 11%, a segunda menor entre todas as capitais. A capital com menor taxa de inadimplência é João Pessoa (5%), na região Nordeste. A cidade também se destaca por ter a menor parcela mensal da renda mensal comprometida com dívidas (11%). Nesse quesito, Teresina, também no Nordeste, e Boa Vista, na região Norte, dividem a taxa mais alta, de 43% – 13 pontos porcentuais acima da média nacional. É do Norte a capital com menor valor médio de dívida por família: Belém, com R$ 623.

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Domingo, 05 Janeiro 2025

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