5G: tão ágil, tão longe

Com velocidade muito superior ao 4G, tecnologia ainda levará um tempo para chegar ao Brasil
Além de velocidades absurdas, outro atrativo do 5G para o mercado é a sua grande capacidade de conexões

Se você utilizou a internet no celular na última década, com certeza está familiarizado com as letras e números G, E, H, H+, 3G e 4G, certo? E sabe também que, dependendo do qual estiver aparecendo no topo do display do seu celular, sua experiência com a internet pode ser rápida ou extremamente lenta. Isso acontece porque essas letras diferenciam o tipo de conexão e também a velocidade da sua internet móvel.Cada uma delas tem um significado e limite possível de agilidade.

G: General Packet Radio Service (Serviço geral de pacotes de rádio) com velocidade máxima de 80Kb/s;

E: Enhanced Data Rates for GSM Evolution (Taxas de dados aperfeiçoadas para GSM), uma evolução do sistema anterior, tecnologia que alcança 236Kb/s;

H e H+: High-Speed Downlink Packet Access (Pacotes de acesso de alta velocidade), é derivado do 3G, e possuem velocidades máximas de 43Mbit/s para o H e 168Mbit/s para o H+;

3G: O 3 representa a terceira geração da tecnologia "G" e permite velocidades de até 144Mbit/S;

4G: Quarta geração da tecnologia "G" com velocidade máxima de até 1Gbit/s.

Para alcançar as velocidades máximas não basta apenas a disponibilidade de sinal da tecnologia, mas também um celular compatível com as velocidades de pico. Atualmente, o formato mais utilizado é o 4G, porém, isso deve mudar. As pesquisas com o formato 5G foram iniciadas em 2008 com a formação de um programa sul-coreano de desenvolvimento e, em 2013, a Samsung afirmou ter desenvolvido o primeiro sistema do gênero no mundo.

Seguido a este anúncio, Índia e Israel começaram a trabalhar no desenvolvimento de tecnologia 5G. Em 2015 pesquisadores da Universidade de Surrey, no Reino Unido, conseguiram enviar dados à velocidade de 1 Terabit por segundo, ou seja, 65 mil vezes mais rápido que a média dos downloads em 4G. Somente as taxas de download já são suficientes para mostrar o porquê de a indústria estar tão interessada na disponibilidade da tecnologia, porém, suas possibilidades não param por aí.

Além de velocidades absurdas, o outro grande atrativo do 5G para o mercado é a sua grande capacidade de conexões. Em um mundo onde cada vez mais dispositivos estão conectados à internet, uma tecnologia que suporte esse número colossal de dispositivos conectados torna-se necessária. O conceito "Smart" é algo que está em constante desenvolvimento. Não sem razão que alguns anos atrás uma "SmartTV" era algo incrível, mas hoje temos "SmartGeladeiras" e "Smart Microondas".

Polêmica
Como toda novidade, o 5G chegou envolto de polêmicas. Uma das preocupações sérias é a de como as ondas chamadas "milimétricas", padrão utilizado pela tecnologia, afeta a saúde das pessoas, uma vez que a distância que elas percorrem é curta, exigindo mais pontos de conexão e, consequentemente, maior exposição do público.

Baseados em um estudo produzido pela Agency for Research on Cancer, braço da Organização Mundial da Súde (OMS), onde afirma que frequências entre 30 KHZ e 300KHZ podem produzir efeitos cancerígenos em caso de alta exposição, um grupo de pesquisadores pediu mais pesquisas antes da aprovação comercial do formato 5G. Até o momento, porém, não há dados que mostram esse risco. Outro ponto é a vulnerabilidade das redes, algo que foi minimizado pelo analista e pesquisador bielorrusso Evgeny Morozov, autor da coleção de ensaios "Capitalismo Big Tech". Ele afirmou que as redes já são vulneráveis e agências já sabem como monitorá-las, tornando a preocupação desnecessária.

A implementação do 5G no Brasil deve demorar um bom tempo. Hoje, no país, o formato anterior, o 4G, ainda está engatinhando, estando presente apenas em polos mais desenvolvidos e com pouca ou nenhuma cobertura em zonas mais afastadas. Outro motivo é que o tamanho continental torna difícil a implantação de torres com esse fim. 

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Quinta, 28 Março 2024

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