Dez lugares onde moraria
Hoje viajei de trem entre o Porto e Lisboa, mais precisamente de Campanhã até a estação do Oriente. Sentado a meu lado, um novo amigo. Chamava-se João Ventura, é morador de Aveiro e antigo tripulante da TAP. A conversa fluiu fácil e foi pena que ele tenha desembarcado tão cedo, quando nossa conversa ainda poderia ter ganhado muito em densidade.
Como é comum entre viajantes de certa envergadura, logo começamos a trocar impressões sobre nossas cidades favoritas. O João é desses que não gostam de inovar muito, apesar de conhecer o mundo. "Só poderia viver em terras onde se tem azeite extra virgem de qualidade. E, de preferência, onde se falem línguas latinas." "Você então delimita o mundo no máximo quatro países, e olhe lá".
Isso dito, ele sorriu. "Não, digamos que fora Lisboa, Barcelona, Florença e, é claro, Aveiro, eu abriria exceções para Paris, Londres, Nova York e, se não fosse para ficar muito tempo, passaria uns meses em Tóquio (pela comida) e Sidney, que considero tão linda quanto vosso Rio de Janeiro." Quer dizer que não moraria no Brasil? "Vamos esperar que melhore um bocadinho, Fernando."
Quanto a mim, não tive dificuldades. Minhas cidades favoritas, por diversas razões, além de São Paulo, seriam Telaviv (foto), Marrakesh e Hanoi no primeiríssimo grupo. No segundo pelotão, Chicago, Lugano e Barcelona. Por último, Heidelberg, Oxford, São Petersburgo e Kyoto. Mas ao desembarcar tão cedo na linda Aveiro, deixamos para um dia a continuação da conversa.
E como para tudo na vida há um plano de contingência, uma espécie de lista B onde acomodamos as suplentes, teríamos as seguintes cidades (podem ver que todas começam com a letra B, para efeitos de memorização fácil) Boston, Budapeste, Bordeaux, Buenos Aires e Beirute. Em qualquer uma dessas, estaria muito bem servido dentro dos critérios que me balizam.
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