Bolsas ensaiam recuperação um dia após conflito iniciar na Ucrânia

Bolsas da Ásia e da Europa apresentam índices positivos
O conflito na Ucrânia pode trazer pressões inflacionárias vindas do dólar

O comportamento dos mercados ao redor do mundo um dia após a invasão da Rússia na Ucrânia tem sido diferente. As bolsas da Ásia, por exemplo, fecharam em alta. O índice japonês Nikkei subiu 1,9% em Tóquio e o Taiex avançou 0,3% em Taiwan. Na Oceania, a bolsa australiana obteve ganho de 0,1% em Sydney.

As principais bolsas europeias também abriram em alta. Nas primeiras negociações, Frankfurt e Londres subiam 1,3%, enquanto Paris avançava 1,1%. Já o Ibovespa tomava caminho contrário pela manhã. Por volta do meio-dia, o índice retraia 0,4% aos 111.101 pontos. Porém, meia hora depois até mesmo o principal índice da B3 ensaiava uma recuperação ao ter uma queda de apenas 0,2%,aos 111.359 pontos. No entanto, perto das 13h o Ibovespa já marcava alta de 0,1%. O dólar, no mesmo horário, era cotado a R$ 5,16, alta de 1,2%.

De forma geral, o aumento no preço das commodities tem ajudado a proteger o mercado financeiro de países emergentes das turbulências externas. Além disso, o aumento dos juros em várias economias emergentes estimula a entrada de fluxos estrangeiros, com investidores dispostos a aplicar em mercados mais arriscados. Atualmente, a Taxa Selic (juros básicos da economia) está em 10,75% ao ano, no maior nível desde julho de 2017.

Há quem aposte, no entanto, que o ritmo da inflação tende a aumentar no Brasil. Como o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), não previa a deflagração de uma guerra na Ucrânia, com todos os seus desdobramentos, a taxa Selic pode subir em um ritmo mais veloz.

O conflito na Ucrânia também pode trazer pressões inflacionárias vindas do dólar. A moeda norte-americana vinha sendo negociada no menor patamar em sete meses com o apetite do investidor estrangeiro por ativos brasileiros trazendo bilhões em divisas para a B3. No entanto, agora com uma possível aversão ao risco, a tendência é que a procura por dólar aumente.

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Quinta, 21 Novembro 2024

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