Exportações de calçados recuam após tarifaço dos EUA
Levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), com base na Secex, mostra que em novembro foram exportados 6,9 milhões de pares, que renderam US$ 65,8 milhões. Os números representam quedas de 17,7% em volume e 13,3% em receita frente ao mesmo mês de 2024. No acumulado de janeiro a novembro de 2025, os embarques somaram 94,2 milhões de pares, com receita de US$ 885,2 milhões. O resultado indica alta de 5,1% em volume, mas retração de 2% em faturamento na comparação com igual período do ano anterior.
Na avaliação do presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, o revés em novembro reflete a intensificação do impacto da tarifa adicional aplicada pelos Estados Unidos sobre os calçados brasileiros. "Principal destino internacional do calçado brasileiro, respondendo por mais de 20% das receitas geradas pelas exportações, os norte-americanos têm grande impacto na nossa balança comercial. Ao mesmo tempo em que há retração nas exportações, o desvio de comércio desencadeado pela política estadunidense alavanca as importações de calçados. Nos quatro meses de vigência da sobretaxa, os volumes embarcados aos Estados Unidos acumulam queda de 23,4%, resultado que corroeu o crescimento no acumulado até julho", pontua Ferreira.
Outro motivo, segundo ele, é a queda dos embarques para a Argentina, resultado da desaceleração do consumo e do acirramento da concorrência internacional no mercado. A Argentina é o segundo destino internacional do calçado brasileiro, respondendo por 20% do total gerado pelos embarques.
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