Badesul instala sindicância interna
O Badesul, agência de fomento vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, decidiu instaurar uma sindicância interna. O objetivo é investigar supostas irregularidades na liberação de recursos que geraram rombo de R$ 140 milhões. O Badesul teve suspenso o limite de crédito para repasses de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devido ao rebaixamento de risco e apontamento feitos pelo Banco Central (BC) por operações que geraram prejuízos á instituição (leia mais detalhes aqui). Grandes clientes em recuperação judicial adiaram a quitação de empréstimos. Susana Kakuta, presidente da agência, se reuniu com representantes do governo na segunda-feira (26). No encontro, segundo nota do Piratini, o secretário-adjunto da Casa Civil, José Guilherme Kliemann, e o chefe da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Euzébio Fernando Ruschel, acertaram a participação da PGE no grupo que examinará o caso. A primeira reunião com os técnicos do Badesul será nesta terça-feira (27).
A partir da política expansionista aplicada pela agência entre 2011 e 2014, pequenos e médios empreendimentos regionais também tomaram créditos com a apresentação de garantias frágeis. Foi o caso da D'Itália Móveis, de Monte Belo do Sul (RS). A companhia pediu R$ 10 milhões ao Badesul por meio da linha Progeren, do BNDES, destinada a capital de giro. O comitê de crédito da agência atribuiu nota C à D'Itália, o que ainda fica dentro dos parâmetros de mercado de "qualidade de carteira". As operações de risco se concentram entre as classificadas nas letras D a H.
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