Estiagem afeta receita e lucro da Sanepar

A receita operacional líquida da Sanepar reduziu 7,7%, passando de R$ 1,3 bilhão no quarto trimestre de 2019 para R$ 1,2 bilhão no mesmo período de 2020. A redução é decorrente da diminuição de 3,2% no volume faturado de água e de 3,7% de esgoto, resultante da situação de emergência hídrica que vigora no Paraná que demandou ações mitigadoras devido ao baixo volume de reserva e escassez de chuva e também à postergação do reajuste tarifário de 2020. Também por essas mesmas causas, a companhia obteve um lucro líquido de R$ 291,3 milhões entre outubro e dezembro, 24,6% abaixo do resultado registrado no mesmo período de 2019. O faturamento, no ano de 2020, totalizou R$ 4,7 bilhões, queda de 1,6%. O lucro, por sua vez, foi de R$ 996,3 milhões, redução de 7,7%.

Devido ao baixo volume de reserva e escassez de chuva, a estatal paranaense está praticando como ação mitigadora um rodízio de 36 horas por 36 horas. O fornecimento de água é durante 36 horas, com interrupção de 24 horas e prazo de 12 horas para normalização, embora o Decreto de Emergência Hídrica permita até 24 horas para normalização. O volume médio disponível do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba (SAIC) é composto pelas barragens Piraquara I, Piraquara II, Iraí e Passaúna.

Em Foz do Iguaçu, a Sanepar utiliza a água da Barragem da Hidrelétrica Itaipu Binacional, do lago de Itaipu, no Rio Paraná. As barragens da Sanepar são consideradas de médio porte quanto ao volume de armazenamento, porém de grande porte devido à altura/profundidade superiores a 15 metros. No fechamento do trimestre, o volume médio de reserva estava em 40,9%. Clique aqui para acessar o relatório completo da Sanepar.

A Sanepar é a 18ª empresa da região e a sétima do Paraná, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ em parceria com a PwC Brasil.