O anel que tu me deste

Presentes ruins são uma constante, mas dar vales e dinheiro, nem pensar
Tinha razão o comediante Jerry Seinfeld ao afirmar que existe "uma indústria inteira de maus presentes"?

Agora que o Natal passou e todos vimos muitos pacotes passarem de mão em mão, gerando reações diversas em quem os desembrulhou, vale a pergunta: tinha razão o comediante Jerry Seinfeld ao afirmar que existe "uma indústria inteira de maus presentes"? Ele se referia especialmente a itens de escritório, do tipo que as empresas gostam tanto de mandar fabricar com seu logo, e, em particular, aos infames pesos de papel, um exemplo notório de falta de imaginação, segundo o humorista. Mas a vida familiar e afetiva não fica muito atrás, como bem sabemos todos que já vimos ou fizemos cara de desapontamento ao rasgar o papel: presentes infelizes são uma certeza anual tanto quanto as várias datas comemorativas.

A ponto de, ao serem consultados sobre quanto se disporiam a pagar por aquilo que estavam recebendo, agraciados consultados num estudo arbitrarem um valor 47% menor, em média, do que aquele pago pelo presenteador. Um sinal de que deveríamos optar por vale-presentes, então? Calma lá! Segundo Judith Martin, uma professora de etiqueta norte-americana, nananinanão: [Os vales-presente] acabaram com a alma e o coração das festas de fim de ano. A pessoa basicamente está pagando para livrar-se do outro".

Em matéria de sinalização de falta de intimidade, os vales talvez só fiquem atrás do dinheiro como presente. "Cabe perguntar se falta muito para começarmos a jogar maços de cédulas de dólar uns nos outros", indignou-se uma colunista de finanças dos EUA. Uma subcelebridade brasileira foi alvo de comentários ao noticiar nas redes sociais que havia presenteado seu segurança com numerário, costume que não escapou à observação afiada de Seinfeld, também.

Qual a saída, então? Esta matéria reuniu dicas, algumas francamente contraintuitivas: não se preocupar com o preço, nem em ser original; considerar o uso do presente ao longo do tempo, e não apenas na reação do recebedor na hora de entregá-lo; cogitar interesses comuns, que podem dar ideias de presentes que o doador mesmo gostaria de ganhar; e, veja só, ironia das ironias, simplesmente perguntar o que a outra pessoa quer.

Por segurança, eu acrescentaria mais uma recomendação: garantir sempre um selo de troca, para caso todas as sugestões acima falharem. 

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Segunda, 06 Mai 2024

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