Vendas no varejo voltam à estabilidade
As vendas no comércio varejista no país sofreram uma retração de 0,3% na passagem de setembro para outubro, após crescer 0,5% no mês anterior. O setor acumula alta de 1,6% no ano e de 1,5% em 12 meses. Nesse cenário, o varejo opera 4,4% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 2% abaixo do maior nível da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), atingido em outubro do mesmo ano. Os dados foram divulgados pelo IBGE. "As variações estão muito próximas a zero desde fevereiro, ficando na leitura da estabilidade em todos os meses exceto março (0,7%), maio (-0,6%) e julho (0,7%). Isso mostra um retorno ao comportamento anterior a 2020, após as variações mais acentuadas que observamos no período de pandemia, com números ainda mais tímidos do que o padrão pré-Covid. Mas, num cenário de médio prazo, a perspectiva está positiva, com crescimento nos acumulados do ano e em 12 meses", analisa o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Ele destacou ainda o predomínio de taxas negativas entre as atividades, com cinco dos outros setores pesquisados no campo negativo: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5,7%), tecidos, vestuário e calçados (-1,9%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%), combustíveis e lubrificantes (-0,7%) e móveis e eletrodomésticos (-0,1%). Já no campo positivo, ficaram livros, jornais, revistas e papelaria (2,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%). A queda em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação é atribuída em parte a trajetória do dólar, em alta a partir de setembro.
Comentários: