Santa Catarina tem a menor taxa de desocupação do país
A taxa de desocupação do país no terceiro trimestre de 2025 chegou a 5,6%, a menor da série iniciada em 2012. Comparada ao 2º trimestre de 2025, essa taxa caiu em 2 das 27 unidades da federação e ficou estável nas demais. As maiores taxas foram as de Pernambuco (10,0%), Amapá (8,7%) e Bahia (8,5%) e as menores, de Santa Catarina (2,3%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,6%). É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE.
No terceiro trimestre de 2025, o número de desocupados das quatro faixas de tempo de procura por trabalho analisadas pela PNAD contínua recuou frente ao mesmo trimestre de 2024. Além disso, duas das quatro faixas de tempo de procura mostraram seus menores contingentes para um terceiro trimestre, na série histórica da PNAD Contínua, que teve início em 2012: de 1 mês a menos de 1 ano (3,1 milhões) e de 1 ano a menos de 2 anos (666 mil). A faixa inicial, de menos de um mês (1,1 milhão), mostrou o menor contingente desde 2015, e a faixa de 2 anos ou mais (1,2 milhão), o menor contingente desde 2015. Nessa faixa de tempo mais longa, o contingente recuou 17,8% frente ao terceiro trimestre de 2024 (outra opção 5,6% frente ao segundo trimestre de 2025).
Segundo William Kratochwill, analista da pesquisa, o terceiro trimestre de cada ano, como esperado, ainda é um período de adaptação do mercado de trabalho para atender as expectativas dos agentes da economia com relação ao último trimestre do ano. "A taxa de desocupação diminuiu devido a um aumento marginal, não significativo, da ocupação e esse aumento promoveu a diminuição do tempo de procura", explicou.
Taxa de desocupação das mulheres é de 6,9%
No terceiro trimestre de 2025, enquanto a taxa de desocupação da população em idade de trabalhar chegou a 5,6%, esse indicador foi de 4,5% para os homens e 6,9% para as mulheres. Por cor ou raça, essa taxa ficou abaixo da média nacional para os brancos (4,4%) e acima para os pretos (6,9%) e pardos (6,3%). A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (9,8%) foi maior que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 5,8%, quase o dobro da verificada para o nível superior completo (3,0%).
A taxa de informalidade para o Brasil foi de 37,8% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Maranhão (57%), Pará (56,5%) e Piauí (52,7%) e as menores, com Santa Catarina (24,9%), Distrito Federal (26,9%) e São Paulo (29,3%). Para o analista do IBGE, estes dados mostram como a informalidade se manteve estável em relação ao 2º trimestre de 2025. Houve uma redução de 130 mil pessoas ocupadas sem carteira de trabalho assinada nos serviços domésticos, compensada pelo aumento de 111 mil trabalhadores sem carteira de trabalho assinada no setor público. "Outro ponto importante é a relação da informalidade com a baixa escolaridade e baixo rendimento médio da região, o que é marcante nesses estados de maior informalidade", complementa Kratochwill.
A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares. Maranhão tem a menor proporção de empregados com carteira de trabalho assinada (51,9%) e Santa Catarina lidera (88%)
Rendimento cresce no Sul e Centro-Oeste
No terceiro trimestre de 2025, o rendimento médio real de todos os trabalhos habitualmente recebido foi estimado em R$ 3.507. Houve estabilidade na comparação frente ao trimestre imediatamente anterior (R$ 3.497) e alta frente ao mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.373). Na comparação trimestral, o Sul (R$ 4.036) e o Centro-Oeste (R$ 4.046) foram as regiões com alta estatisticamente significante do rendimento, enquanto as demais permaneceram estáveis. Em relação ao 3º trimestre de 2024, foi observado crescimento dos rendimentos no Nordeste (5,7%), Sul (8,4%) e Centro-Oeste (5,8%).
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