PIB do Rio Grande do Sul registra alta de 10,4% em 2021
A recuperação da estiagem, que afetou a produção do campo do Rio Grande do Sul em 2020, juntamente com a produção industrial do estado puxaram o resultado da economia em 2021, que apresentou alta de 10,4% no ano. O PIB gaúcho somou R$ 582,9 bilhões com avanços significativos na agropecuária (67,5%) e na indústria (9,7%). Os números do Rio Grande do Sul superaram os registrados no país, que terminou 2021 com incremento de 4,6% no PIB.
Quando considerado apenas o quarto trimestre de 2021, na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o PIB teve alta de 3,3%, enquanto que na comparação com igual período de 2020 a variação foi positiva em 5% no estado. No Brasil, o desempenho para os mesmos períodos foi de 0,5% e 1,6%, respectivamente. O resultado do acumulado do ano e do quarto trimestre de 2021 da economia gaúcha foi divulgado nesta quarta-feira (16) pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG).
Acumulado do ano
Além do crescimento expressivo da agropecuária e da indústria, os serviços apresentaram alta de 4,1% no estado em 2021. Na comparação com o Brasil, os números do Rio Grande do Sul ficaram acima do país na agropecuária (+67,5% contra -0,2%) e na indústria (9,7% contra 4,5%), enquanto nos serviços ficou um pouco atrás (4,1% contra 4,7%). Na agropecuária, após perdas expressivas em 2020, a recuperação foi puxada pela alta na produção de soja (80,8%), trigo (68,5%), fumo (19,4%), arroz (6,8%) e milho (4,3%).
Na indústria, todas as atividades registraram desempenho positivo no ano passado, desde a eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (+1,6%), passando pela indústria extrativa mineral (4,8%), construção (7,4%) e a indústria de transformação (11,8%). Nos serviços, o comércio (6,6%) colaborou para a alta, também puxada pelo desempenho dos segmentos de outros serviços (7,5%).
"A boa notícia é que estamos com um nível de PIB bastante elevado, levemente inferior ao registrado no pico da série, no segundo trimestre de 2013, ano em que também houve recuperação da safra de grãos no estado. Contudo, os desafios de 2022 já se impõem nesse início do ano, com prováveis perdas de produção na agropecuária, em decorrência da nova estiagem, e com os possíveis impactos globais dos atuais conflitos no leste europeu", comentou Vanessa Sulzbach, chefe da Divisão da Análise Econômica do DEE, responsável pelo indicador.
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