Onde a vida pode ser melhor?

Quem viu as cenas da batalha campal que aconteceu semana passada às margens da Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, certamente ficou estarrecido com o nível de barbárie a que chegamos. Não foi à toa que um telejornal comparou as imagens cariocas às que...
Onde a vida pode ser melhor?

Quem viu as cenas da batalha campal que aconteceu semana passada às margens da Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, certamente ficou estarrecido com o nível de barbárie a que chegamos. Não foi à toa que um telejornal comparou as imagens cariocas às que vemos na Síria. Para uma população parecida, o número de vítimas fatais é espantosamente próximo. Que vivemos uma guerra civil não declarada, portanto, já não é grande novidade. O desesperador é que o conflito sírio talvez já tenha deixado para trás a pior fase e tenda a certa estabilização. Aqui, por outro lado, considerando o calibre dos armamentos apreendidos, parece que temos ainda muito chão pela frente e prevalece a nítida perspectiva de uma escalada. Emparedadas entre o amor ao país e a necessidade de estabilidade para organizar o cotidiano, as pessoas me perguntam em que países eu seria capaz de viver, se tivesse a oportunidade.

Como tenho 59 anos, respondi de brincadeira que teria pelo menos 59 países onde a vida me parece mais atraente e desafiante do que a do Brasil. Instado a enumerá-los, reproduzo aqui a listinha de meus eleitos, sem entrar no mérito das razões de cada opção, mesmo porque a maioria é bem óbvia. Ei-los, portanto: Uruguai (foto), Argentina, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Canadá, Jamaica, Costa Rica, República Dominicana, México, Japão, China, Hong Kong, Tailândia, Cingapura, Vietnã, Austrália, Israel, Líbano, Armênia, Irã, Georgia, Turquia, Marrocos, África do Sul, Tunísia, Senegal, Costa do Marfim, Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália, Suíça, Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Islândia, Estônia, Polônia, Croácia, Sérvia, Eslovênia, Bulgária, Ucrânia, Hungria, Eslováquia, República Tcheca, Rússia, Holanda, Grécia, Malta, Irlanda, Inglaterra, Escócia, País de Gales, Ilhas Tonga e Ilhas Fiji. Ufa! 

Ora, muito podemos alegar em favor de um ou outro. Ademais, a exemplo do que acontece com as bonecas russas, uma opção pode facilmente levar a outra. Assim, os Estados Unidos são uma denominação genérica para abrigar diferentes estilos de vida, consoante se queira viver na Califórnia, Nova Inglaterra ou Nova York. O mesmo vale para Portugal e as alternativas ultramarinas. Certo é que a brincadeira não parou por aqui. Quando me pediram para alongar a lista diante das opções que conheço, não hesitei em acrescentar mais 20 suplentes. Seriam eles: Peru, Barbados, Coreia do Sul, Indonésia, Filipinas, Jordânia, Azerbaidjão, Cabo Verde, Moçambique, Botsuana, Kenya, Andorra, Luxemburgo, Chipre, Lituânia, Letônia, Índia, Sri Lanka, Butão e Cambodja. Quanto aos países que descartaria, seriam eles: Haiti, Cuba, Coréia do Norte, Belarus, Síria, Iraque, Nigéria e Angola, dentre outros, especialmente na África subsaariana. Mas esse é outro capítulo. Valeu o exercício de acossado.  

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Sexta, 29 Março 2024

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