Europa converteu crise energética em revolução de energia limpa

Após a invasão na Ucrânia, houve uma corrida urgente para diminuir a dependência do bloco do gás natural russo
O uso de gás natural russo pela União Europeia caiu de cerca de 40% para menos de 17% entre 2021 e 2022

Na última hora, a Europa converteu uma crise de energia em uma revolução de energia limpa. Após a invasão na Ucrânia, houve uma corrida urgente para diminuir a dependência do bloco do gás natural russo e das importações de energia em geral. O uso de gás natural russo pela União Europeia caiu de cerca de 40% para menos de 17% entre 2021 e 2022. Isto levou a um impulso para projetos solares e eólicos de grande escala no norte da África.

Na Europa, onde já existe um déficit de terras, os desenvolvedores de energia limpa estão olhando para áreas menos populosas na região norte da África, de forma que possam colocar em marcha seus maiores e mais ambiciosos planos. A escala desses projetos significa que o norte da África está preparado para uma nova rodada de grilagem de terras. A mudança climática já é uma questão eticamente carregada, já que o primeiro mundo criou quase todas as emissões de gases de efeito estufa.

Isso também significa que inevitavelmente haverá grandes distúrbios para a flora, fauna e populações humanas onde esses parques solares e eólicos são construídos. E será nas terras africanas para enviar energia para a Europa. É o colonialismo europeu já visto antes.

Texto originalmente publicado pelo consultor João Luiz Zuñeda, da MaxiQuim, em sua newsletter.

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Terça, 30 Abril 2024

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