Diversidade rentável

Empresas que se destacam em diversidade de gênero em relação aos seus concorrentes são 25% mais propensas a ter uma rentabilidade acima da média
Outros relatórios também corroboram que a maior presença de mulheres na liderança contribui para alavancar indicadores de produtividade e de operação, além de reduzir a rotatividade e o risco reputacional

Vários estudos demonstram que organizações com mais diversidade de gênero conseguem catapultar mais perspectivas e experiências, o que, através de uma cultura inclusiva e segura, pode levar a soluções mais criativas e inovadoras. Estudos acadêmicos e de mercado demonstram que equipes diversas têm mais probabilidade de inovar e resolver problemas de maneira eficaz. Além disso, como evidencia a série de relatórios da McKinsey & Company, empresas que se destacam em diversidade de gênero em relação aos seus concorrentes são 25% mais propensas a ter uma rentabilidade acima da média. E esta probabilidade se intensifica ainda mais quando somada à diversidade étnico-racial.

Outros relatórios também corroboram que a maior presença de mulheres na liderança contribui para alavancar indicadores de produtividade e de operação, além de reduzir a rotatividade e o risco reputacional. Mulheres líderes têm maior probabilidade de conectar a estratégia do negócio às práticas ESG, fazendo com que as organizações se orientem intencionalmente para posturas mais sustentáveis. E mais: uma empresa composta por 40% a 60% de mulheres, no total e nos cargos estratégicos, pode contar com produtos e soluções que atendem melhor aos seus públicos, pois o mercado é diverso também. Além disso, empresas que são diversas também conseguem ser mais criativas.

No Brasil, cerca de 84,5% das pessoas têm pelo menos um tipo de preconceito contra as mulheres, de acordo com estudo recente da ONU. "Então, o primeiro passo é olhar para os estereótipos de gênero e preconceitos inconscientes que aprendemos, reproduzimos e ensinamos. Estes fenômenos, mesmo que não intencionais, influenciam diretamente nossas decisões na hora de contratar, validar, dar oportunidades, reconhecer e promover mulheres", sugere Arlane Gonçalves, CEO da AGC, consultoria de cultura, liderança e equidade. Já uma vez que a mulher está dentro da empresa, há alguns fatores que contribuem para que ela vá ficando para trás, destaca a CEO. Dentre eles, está a ausência de mentoria e patrocínio. "Aqui, é importante fazer um grande destaque: homens possuem um grande papel na jornada de igualdade de gênero, e eles devem ser nada menos do que agentes de transformação. Mentores e patrocinadores podem ajudar a orientar carreiras, abrir portas e fornecer o apoio necessário para o desenvolvimento de lideranças femininas", ressalta Arlene.

Esse conteúdo integra a edição 347 da revista AMANHÃ, publicação do Grupo AMANHÃ. Clique aqui para acessar a publicação online, mediante pequeno cadastro.

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Quinta, 21 Novembro 2024

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