O aumento dos preços do vinho atingiu o consumo, revela OIV

Consumo per capita no Brasil caiu quase 13% no ano passado
Cidade de Montalcino: a Itália segue como principal produtor mundial de vinho no mundo

O ano de 2022 foi marcado por alta inflação e interrupções na cadeia de suprimentos global. Neste contexto, muitos mercados registaram subidas significativas dos preços dos vinhos, o que se traduziu numa ligeira quebra dos volumes consumidos a nível mundial. O valor global das exportações mundiais de vinho é o mais alto já registrado. Essas são algumas das conclusões do balanço anual divulgado pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), organismo intergovernamental que tem por objetivo contribuir para a harmonização internacional de práticas e normas existentes no que se refere à elaboração e comercialização de produtos vitivinícolas (leia o documento completo, em francês, ao final deste post).

A produção global de vinho em 2022 é estimada em 258 milhões de hectolitros, marcando uma ligeira queda de 1% em relação ao ano de 2021. "Isso é explicado por um volume de colheita acima do esperado na Europa, apesar da seca e das ondas de calor da primavera e verão e pelo nível médio de produção registrado no Hemisfério Sul", destaca a nota técnica da OIV. O consumo global de vinho em 2022 é estimado em 232 milhões de hectolitros, uma queda de 2 milhões de hectolitros em relação ao exercício anterior. De acordo com a OIV, a guerra na Ucrânia e a crise de energia que a acompanha, bem como as interrupções na cadeia de suprimentos global, levaram a custos mais altos de produção e distribuição.

"Isto traduziu-se em aumentos significativos dos preços do vinho para os consumidores. Nesse contexto, os comportamentos de consumo de vinho a nível nacional foram muito heterogêneos de uma região geográfica para outra", informa a OIV. No ano passado, as exportações de vinho foram severamente impactadas pela alta inflação e interrupções na cadeia de suprimentos global, o que levou a uma desaceleração significativa no frete marítimo. Essa conjugação de eventos resultou numa quebra global do volume de vinho exportado a um preço médio muito superior (+15% em relação ao ano de 2021), com o valor das exportações globais de vinho estimado em 37,6 bilhões de euros, um valor recorde.

O relatório da OIV também informa que a Itália segue como principal produtor mundial da bebida. França, Espanha, Estados Unidos e Austrália completam o Top-5 nesse quesito. Já Estados Unidos, França e Itália são os três principais consumidores. O Brasil é o 15º colocado em produção, cujo volume avançou 9% entre 2021 e 2022. Em consumo, o Brasil tem a 16ª posição. De acordo com a OIV, o consumo per capita caiu de 4,1 litros em 2021 para 3,6 litros em 2022, um decréscimo de 12,9%.

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Sexta, 13 Dezembro 2024

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