Juros do crédito pessoal e cartão rotativo avançam

Taxas médias sobem para famílias e caem para empresas em novembro
Segundo o Banco Central, a inadimplência ─ atrasos acima de 90 dias ─ foi de 3,8% em novembro, sendo 4,7% nas operações para pessoas físicas e 2,3% com pessoas jurídicas

As taxas médias de juros cobradas pelos bancos subiram para as famílias e caíram para as empresas em novembro, de acordo com as estatísticas monetárias e de crédito, divulgadas pelo Banco Central (BC). Nas operações de crédito livre para pessoas físicas, o destaque do mês foram os avanços de 5,5 pontos percentuais nas contratações de crédito pessoal não consignado, que subiram para 106,6% ao ano, e de 3,2 pontos percentuais no cartão de crédito parcelado, que ficou em 181,2% ao ano. Também houve aumento de 0,7 ponto percentual na taxa do cartão de crédito rotativo, chegando a 440,5% ao ano.

Essa última modalidade é uma das mais altas do mercado. Mesmo com a limitação de cobrança dos juros do rotativo ─ em vigor desde janeiro do ano passado ─ os juros seguem variando, com redução de 5,4 pontos percentuais em 12 meses para as famílias. Isso porque a medida visa reduzir o endividamento, mas não afeta a taxa de juros pactuada no momento da contratação do crédito. O crédito rotativo dura 30 dias e é tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão de crédito, pagando a parcela mínima, por exemplo. Ou seja, contrai um empréstimo e começa a pagar juros sobre o valor que não conseguiu quitar. Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão de crédito, com a modalidade do cartão parcelado. Nesse caso, mesmo com o aumento de novembro, também houve redução de 2 pontos percentuais em doses meses.

Já para o crédito pessoal não consignado, que foi um dos destaques de aumento no mês, a alta dos juros em 12 meses chega a 7,3 pontos percentuais. No total, a taxa média de juros das concessões de crédito livre para famílias teve aumento de 0,9 ponto percentual em novembro, acumulando alta de 6,2 pontos percentuais em 12 meses e chegando a 59,4% ao ano. No caso das operações com empresas, os juros médios nas novas contratações de crédito livre tiveram redução de 0,6 ponto percentual no mês, e aumento de 2,8 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 24,5%.

Endividamento das famílias
Segundo o Banco Central, a inadimplência ─ atrasos acima de 90 dias ─ foi de 3,8% em novembro, sendo 4,7% nas operações para pessoas físicas e 2,3% com pessoas jurídicas. O endividamento das famílias ─ relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses ─ ficou em 49,3% em outubro, aumento de 0,2 ponto percentual no mês e de 1,2 ponto percentual em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 30,9% no penúltimo mês do ano.

Já o comprometimento da renda ─ relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período ─ ficou em 29,4% em outubro, aumento de 0,6 ponto percentual na passagem do mês e 2,2 pontos percentuais em 12 meses. Os dois últimos indicadores são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com ABR

Veja mais notícias sobre EconomiaBrasil.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Segunda, 29 Dezembro 2025

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/