Demanda por crédito fecha o primeiro semestre com aumento de 4,9%

No acumulado em 12 meses o indicador aponta alta de 2,9%
Programa Desenrola pode ter um efeito positivo sobre a oferta de crédito

O indicador da Boa Vista de demanda por crédito do consumidor variou 0,2% entre os meses de maio e junho na comparação dos dados dessazonalizados. No segundo trimestre de 2023, o indicador, que havia iniciado o período em queda de 0,3% e depois se recuperado em maio com alta de 0,8%, subiu 0,6% em comparação ao primeiro trimestre do mesmo ano. Em relação aos dados do primeiro semestre, especificamente, a tendência segue sendo de alta, apesar de uma desaceleração, já que, até o mês de maio o indicador do acumulado do ano apontava um crescimento de 5,7%, e agora esse crescimento é de 4,9%. Na série de dados originais foi verificado um leve aumento de 0,1% na comparação interanual, ante um avanço de 2,7% em maio na mesma base de comparação. Tal resultado contribuiu para que o indicador se mantivesse numa tendência de crescimento desacelerado na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, passando de 3,0% em maio para 2,9% em junho. As aberturas do indicador apontaram na mesma direção na comparação mensal, alta de 0,4% no segmento "Financeiro" e de 0,1% no "Não Financeiro". Por outro lado, enquanto o segmento "Financeiro" avançou 1,9% entre o primeiro e o segundo trimestres, o "Não Financeiro" caiu um pouco, 0,3%.

"O ritmo de crescimento do indicador voltou a desacelerar, diferente daquilo que vimos no mês de maio, quando a curva havia se estabilizado em 3%, mas esse movimento foi muito tímido. Quando olhamos as curvas separadamente, começamos a perceber que um ponto de inflexão pode estar se aproximando, como aconteceu no começo do segundo trimestre do ano passado", avalia o economista da Boa Vista, Flávio Calife. "No segmento 'Não-Financeiro' a tendência parece ter mudado, assim como no mês passado a queda desacelerou e se o ritmo se mantiver assim essa curva poderá encerrar o ano em campo positivo. O segmento 'Financeiro' continua desacelerando, como era esperado, mas a desaceleração até o final do ano pode acabar sendo um pouco menor do que imaginávamos. Isso porque as maiores instituições financeiras já aderiram ao 'Desenrola', as renegociações já começaram agora em julho e há uma expectativa de que isso possa ter um efeito positivo sobre a oferta de crédito", prevê Calife. .

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Segunda, 06 Mai 2024

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