Inflação recua para 0,09% em outubro, puxada pela energia elétrica
O Índice de Preços ao Consumido Amplo (IPCA) passou de 0,48% em setembro para 0,09% em outubro, um recuo de 0,4 ponto percentual. Esse resultado é o menor para um mês de outubro desde 1998, quando foi registrado 0,02%. No ano, a inflação acumula alta de 3,7% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,7%. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,6%. Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE.
A energia elétrica é a principal influência negativa no índice do mês, com destaque para a energia elétrica residencial, que registrou queda de 2,4%. De acordo com Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, esse movimento é explicado pela mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente em setembro, para a bandeira vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos, ao invés dos R$ 7,87. Outros destaques negativos são as quedas no aparelho telefônico (-2,5%) e no seguro voluntário de veículos (-2,1%).
Interrompendo uma sequência de quedas, o grupo alimentação e bebidas, que possui o maior peso na estrutura do indicador, apresentou estabilidade na média de preços, variando 0,01%. A alimentação no domicílio caiu 0,2%, com destaque para as quedas do arroz (-2,5%) e do leite longa vida (-1,8%). Dentre as altas, estão a batata-inglesa (8,6%) e o óleo de soja (4,6%).
"Isso, aliado à queda no grupo de habitação contribuíram para a desaceleração observada. A título de ilustração, o resultado do índice de outubro sem considerar o grupo dos alimentos e a energia elétrica ficaria em 0,2%", explica Gonçalves. Já a alimentação fora do domicílio acelerou na passagem de setembro (0,1%) para outubro (0,5%). Em igual período, o subitem lanche saiu de 0,5% para 0,7%, e a refeição foi de uma deflação de0,2% para uma alta de 0,4%.
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