Consumo encerra primeiro semestre com alta de 2,4%

Cenário foi favorecido pelo recuo do desemprego
Para os próximos meses, se mantidas a menor pressão da inflação sobre a cesta de alimentos, o consumo tende a ser crescente

O consumo nos lares medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) encerrou o semestre com alta de 2,4%. Na comparação de junho com o mesmo mês do ano passado, a alta é de 6,9%. Ante maio, o indicador apresentou alta de 0,5%. O resultado contempla os formatos de loja, atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, houve consumo consistente e gradual até o fim do semestre favorecido pelo recuo do desemprego, de reajustes salariais e pela consolidação dos programas de transferência de renda.

"Para os próximos meses, se mantidas a menor pressão da inflação sobre a cesta de alimentos, o consumo tende a ser crescente, pois há datas importantes que incentivam o consumo como o Dia dos Supermercados, a Black Friday e as festas de fim de ano", analisou Milan. De acordo com a entidade, o aumento do consumo foi influenciado pelo montante de cerca de R$ 85,4 bilhões em recursos dos programas de transferência de renda do governo federal como o Bolsa Família, o Primeira Infância (a partir de março), o Benefício Variável Familiar (a partir de junho) e os Auxílios Gás pagos em fevereiro (R$ 112), abril (R$ 100) e junho (R$ 109).

Além disso, os reajustes do salário mínimo em janeiro e em maio, os reajustes das bolsas da educação da Capes e do CNPQ, os reajustes dos servidores civis do poder executivo, o resgate do PIS/Pasep, o pagamento dos lotes residuais de Imposto de Renda 2022, a ampliação da isenção do imposto de renda, os pagamentos dos lotes de restituição do imposto de renda, o pagamento de precatórios e a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS também contribuíram para essa elevação. De acordo com os dados da Abras, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) registrou queda de 1,7% no semestre. Em junho, todas as regiões pesquisadas registraram deflação nos preços da cesta, que passou de R$ 750,22 em maio para R$ 741,23, um recuo de 1,2%, na média nacional.

Com Agência Brasil

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Quarta, 01 Mai 2024

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