Brincar de morrer
Semana retrasada, ganhou destaque a campanha publicitária de uma funerária norte-americana: "não se vacine". A brincadeira com finalidade positiva – promover a imunização – era meio óbvia, mas teve quem achasse ofensivo. Fico imaginando o que pensariam dos slogans de algumas funerárias brasileiras, como a carioca Sinaf.
Sua história é repleta de motes divertidos, bem ao estilo da cidade em que atua. Alguns deles:
"Nossos clientes nunca voltaram para reclamar".
"Cremação. Uma novidade quentinha na Sinaf".
"Sinaf 25 anos. Incrível chegar onde chegamos perdendo um cliente atrás do outro".
"Lotação: um deitado" (em um busdoor).
"Cremação Sinaf. Vai querer sua carne bem ou mal passada?".
"Se beber, não dirija. Se dirigir, Sinaf".
Mais recentemente, com a oferta de seguros de vida e planos funerais, a empresa conseguiu variar seu vasto repertório de pérolas publicitárias:
"O seguro de vida que você vai dar graças a Deus. Pessoalmente".
"E você achava que seu marido não valia nada".
"Planeje a morte da sua sogra".
"O melhor plano de saúde é viver. Mas vai que dá errado".
"Sujeira você ir pro céu e sua mulher pro SPC".
E para terminar, há o slogan de uma obscura funerária que circula na internet já alguns anos, estampado em um carro da empresa:
"Funerária Semente. Há 69 anos plantando o homem na terra".
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