Vocação exportadora do Sul ganha reforço federal
A vocação exportadora da região Sul ganhou um reforço por parte do governo federal a partir desta quarta-feira (9). Na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro (foto), lançou a versão estadual do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) em cerimônia que contou com a participação do governador José Ivo Sartori. Ainda sem datas definidas, o mesmo projeto será implementado em Santa Catarina e Paraná até o final do ano que vem.
O PNCE tem por objetivo oferecer suporte e consultoria às empresas locais, principalmente pequenas e médias, interessadas em iniciar ou aprimorar a exportação. Para isso, um comitê, formado por representantes de 12 entidades parceiras estaduais, além dos governos estadual e federal, será o responsável pelo planejamento, execução e monitoramento das ações previstas no programa, que contemplam todo o processo de exportação. O PNCE assessorará as empresas na avaliação dos potenciais compradores, na adequação dos produtos para o mercado internacional, na promoção e na negociação final com o importador.
Segundo Monteiro, o projeto leva em consideração as peculiaridades e especialidades de cada região, por isso, as parcerias com as organizações estaduais são fundamentais para que o trabalho se desenvolva mais rapidamente. “O PNCE é uma ação do governo articulada e sintonizada com o setor privado”, garante Monteiro. O MDIC espera contar com a participação inicial de 500 companhias gaúchas. “Nos próximos anos, esperamos chegar a 2 mil empresas apoiadas pelo plano”, projeta Daniel Godinho, secretário de Comércio Exterior do MDIC. O Rio Grande do Sul conta com uma base exportadora de quase 3 mil empresas e foi o quarto maior exportador do Brasil no ano passado. Para Monteiro, alguns setores gaúchos podem ser especialmente ajudados com o plano – caso da indústria calçadista, moveleira e de máquinas e equipamentos.
Heitor Müller, presidente da Fiergs, comemorou o fato de o projeto ter pontos de ações estaduais e ressaltou a importância de que o Brasil fortaleça suas exportações, principalmente de produtos industrializados. Müller ainda elencou uma série de entraves que impedem que as empresas gaúchas e brasileiras sejam mais competitivas no exterior, como os gargalos de infraestrutura, o excesso de burocracia e as leis ultrapassadas que regem as transações internacionais. Monteiro concordou com os problemas apontados por Müller e salientou que o país deve colocar o comércio exterior como centro da agenda econômica brasileira.
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