Estados do Sul estão entre os melhores na prestação de serviços públicos
Os três estados do Sul registraram índices de qualidade de prestação de serviços acima da média nacional, segundo a consultoria carioca Macroplan. O estudo “Desafios da Gestão Estadual” avaliou entregas feitas à população pelos governos estaduais e traz projeções para 2022, com base na trajetória dos estados durante a década anterior. Clique aqui para acessar o levantamento completo.
Para a criação do indicador, são analisados índices de diferentes áreas como saúde, segurança, educação, infraestrutura e desenvolvimento social. Quanto mais próximo de 1, melhor é o desempenho. Atrás apenas do Distrito Federal e de São Paulo, Santa Catarina surge em terceiro lugar no ranking, com índice de 0,627. O valor foi superior à média nacional (0,535). Apesar do resultado positivo, a consultoria salientou que o estado perdeu 13 posições na avaliação do índice de transparência e celeridade de processos judiciais, recomendando maior atenção a esses temas nos próximos quatro anos.
Em seguida, vem o Rio Grande do Sul, que ocupa o quarto lugar, com índice de 0,593. O estado melhorou seus indicadores de saúde e desenvolvimento econômico, mas ainda possui dificuldades em infraestrutura, área em que caiu cinco degraus em relação ao estudo anterior. Além disso, na educação, não conseguiu melhorar a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), repetindo, em 2017, a mesma média obtida em 2007. O Paraná atingiu o quinto lugar entre as 27 unidades da federação, com índice de 0,585. O estado saltou nove posições nos indicadores de segurança em comparação com 2007, mas recuou em infraestrutura, desenvolvimento econômico e institucional. Assim como o Rio Grande do Sul, também repetiu a nota do Ideb obtida há uma década.
Para o diretor da Macroplan, Gustavo Morell, a nova safra de governadores terá de realizar mudanças radicais na forma de gerir os estados para evitar a estagnação e até o retrocesso nos campos econômico e social. “A maioria dos estados possui enormes passivos fiscais e financeiros e crescentes gastos com a previdência e com as folhas de pagamento. Os novos governadores terão, ainda, de lidar com uma população impaciente com a má qualidade, a lentidão e o elevado custo da entrega de serviços oferecidos pelo poder público e pouco tolerante com os desvios éticos e a corrupção”, alerta Morell.
*Com reportagem de Italo Bertão Filho.
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