Detentos ganham curso de sommelier na Itália
Enquanto no Brasil se discute o tratamento dado aos presos nas penitenciárias, na Europa a filosofia da profissionalização é palavra de ordem. Tanto é que pela primeira vez na Itália, um curso de sommelier (especialista em vinhos) foi oferecido para detentos. Prisioneiros de uma penitenciária da cidade de Lecce, na região da Puglia, sudeste do país, aprenderam a degustar, identificar e escolher vinhos e, no fim das aulas, receberam um diploma. "O vinho além de qualquer barreira", prometia o anúncio do curso, que atraiu 19 homens e 10 mulheres. A ideia foi promovida pela Associação Italiana de Sommeliers (AIS), em parceria com a administração da cadeia de Borgo San Nicola e a vinícola Feudi di Guagnano.
Nas penitenciárias do país, os detentos têm a oportunidade de se especializar tecnicamente em diversas profissões, como pizzaiolo, marceneiro e artesão, mas, desta vez, o curso chamou atenção em toda a Itália. Em oito aulas, divididas em turmas de homens e mulheres, seis especialistas da associação ensinaram as técnicas da enologia aos alunos. Entre os professores estava Marco Albanese, um policial de Lecce, mas que vestiu as roupas de docente no curso. As lições teóricas englobaram desde a história da arte milenar da vinificação, passando pelo cultivo da uva, até a identificação do vinho e a degustação. A iniciativa pretende não só profissionalizar os detentos, mas principalmente reaproximá-los da vida em sociedade.
*Com informações são da Agência ANSA.
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