Brasil se firma como polo estratégico de startups tecnológicas
Dados do Observatório Sebrae Startups revelam que a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) é o setor dominante no ecossistema nacional em todos os estágios de maturidade das empresas. O levantamento leva em conta startups cadastradas ou atendidas em iniciativas do Sebrae.
O levantamento analisa mais de 15 mil startups brasileiras e aponta que o protagonismo das techs se intensifica à medida que os negócios amadurecem. No estágio de validação, TIC já representa 15% do total de startups mapeadas; na fase de tração, o percentual sobe para 17%; no crescimento, 18%; e na escala, TIC atinge 19%, evidenciando o caminho consolidado para escalar com base tecnológica.
Além de TIC, dois setores se destacam como forças consistentes: saúde e bem-estar e educação. As chamadas healthtechs são o segundo maior grupo entre startups em estágio inicial (13% do total), mas perdem representatividade nas fases mais avançadas, o que indica desafios na escalabilidade. Já as edtechs seguem uma trajetória inversa: surgem com 9% na base, mas se consolidam como o segundo maior grupo na fase de Escala, também com 9%. "O dado mais revelador é que as edtechs, embora comecem menores em volume, demonstram uma capacidade singular de escalar", afirma Cristina Mieko, Head de Startups do Sebrae.
As chamadas agritechs figuram entre os cinco segmentos com maior número de startups em praticamente todas as fases. Mesmo que representem apenas 5% das startups em escala, sua presença é contínua desde a base, com 8% na fase de validação.
Mais de 70% das startups operam no modelo B2B, voltado à venda para empresas, enquanto o software como serviço (SaaS) se destaca como principal produto e modelo de receita em todos os estágios de maturidade. "O que vemos é uma consolidação dos modelos de negócios baseados em software, com forte presença no B2B e uma lógica de escalabilidade que funciona bem no cenário brasileiro. O desafio agora é apoiar cada vez mais startups fora dos grandes centros para que esse crescimento seja mais distribuído", completa Cristina Mieko.
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