Votorantim Cimentos reduz o uso de combustível fóssil em fábrica do Sul

Unidade gaúcha investiu R$ 1,4 milhão para desenvolver novo aditivo usado na composição do cimento
Atualmente, o cimento produzido em Pinheiro Machado é distribuído para um raio de 300 quilômetros em torno da fábrica

Mais de 1 mil toneladas de combustível derivado de petróleo deixaram de ser consumidas pela Votorantim Cimentos por melhoria implementada na fábrica de Pinheiro Machado (RS) no último ano. Isso é resultado da inovação criada pela unidade de desenvolver um novo aditivo para a composição do cimento e do investimento em novos sistemas de dosagem, que resultou na redução de 5% no uso do clínquer na formulação do produto. Com um investimento de R$ 1,4 milhão, deixou-se de emitir mais de 10 mil toneladas de CO2 no meio ambiente, mantendo todas as especificações técnicas e de qualidade do cimento.

O primeiro passo do projeto começou em 2020 com o início do desenvolvimento de um aditivo que permitiu a redução do uso de clínquer no cimento produzido na unidade gaúcha. Já a segunda etapa aconteceu em maio de 2021 com a instalação de um novo sistema de dosagem de cinza seca. A terceira etapa ocorreu em dezembro do mesmo ano com a implantação de um sistema definitivo de dosagem de aditivo nos moinhos da planta. Os novos equipamentos trouxeram mais precisão na dosagem de cinza seca e de aditivos na formulação do cimento.

"Começamos os estudos do novo aditivo em agosto e 2020 e os testes foram concluídos com sucesso em cinco meses, no início de 2021. Enviamos diversas amostras do nosso cimento para o laboratório internacional e tivemos intensas trocas de informações para encontrar a solução mais sustentável. Foi um investimento muito importante que, aliado aos novos equipamentos que instalamos na fábrica, fez a nossa indústria reduzir o consumo de combustível fóssil e manter a qualidade do cimento", afirma Paulo Farinha, gerente da fábrica de Pinheiro Machado.

Por meio das três iniciativas, a porcentagem de clínquer usado na fabricação do cimento caiu de 57,5% para 52,5%. Essa nova taxa já está dentro dos objetivos de redução de emissões de CO2 da indústria cimenteira para 2050 no país, quando é previsto que o índice de emissão de carbono seja neutro. Levando o projeto adiante, a Votorantim Cimentou também começou a usar o novo aditivo em sua fábrica em Esteio (RS). "Por ser uma região próxima, os componentes utilizados na fórmula do cimento de Esteio são muito semelhantes aos de Pinheiro Machado. Por isso, o aditivo lá reage da mesma forma e entrega os mesmos resultados", destaca Farinha.

Atualmente, o cimento produzido em Pinheiro Machado é distribuído para um raio de 300 quilômetros em torno da fábrica, levando o produto até a fronteira do Brasil com Uruguai e Argentina. A unidade, que está em operação desde 1972, produz o cimento Votoran Todas as Obras e possui capacidade instalada de produção de 450 mil toneladas de cimento por ano.

Combustível fóssil
O clínquer é utilizado na composição do cimento e responsável pelas propriedades de liga do produto. Ao reagir com a água, ele tem a capacidade de endurecer e adquirir resistência. Entretanto, sua produção requer uma demanda elevada de energia térmica no forno de cimento, que libera CO2 no ambiente. Por isso, é essencial que a indústria cimenteira busque soluções para otimizar o uso desse componente ao longo das décadas.

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Quinta, 28 Março 2024

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