Balança comercial do Sul acumula déficit entre janeiro e maio
A balança comercial da região Sul apresenta um déficit de US$ 3,7 bilhões até maio. Em maio do ano passado, a situação era praticamente igual: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul haviam tiveram um saldo negativo de US$ 1,7 bilhão. Até maio, foram exportados US$ 21,3 bilhões – avanço de 16,8% em relação ao igual período de 2021, enquanto as importações chegaram a US$ 25,1 bilhões, aumento de 50,2% sobre o mesmo intervalo. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (20) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), vinculado ao Ministério da Economia, e compilados pelo Portal AMANHÃ.
Nos números por estado, o Rio Grande do Sul fechou o mês com saldo positivo de US$ 3,1 bilhões, enquanto o Paraná e Santa Catarina acumularam déficits (confira os números detalhados na tabela abaixo). O Sul, entre janeiro e maio, foi responsável por 16,7% das exportações e por 23,7% das importações brasileiras. Os principais produtos da pauta exportadora do Sul no trimestre foram carnes de aves e de suínos, soja e trigo. No sentido inverso, a região importou fertilizantes, cobre e óleos combustíveis.
Metodologia
Em abril de 2021, o Ministério da Economia mudou o cálculo da balança comercial. Entre as principais alterações, estão a exclusão de exportações e importações fictas de plataformas de petróleo. Nessas operações, plataformas de petróleo que jamais saíram do país eram contabilizadas como exportação, ao serem registradas em subsidiárias da Petrobras no exterior, e como importação, ao serem registradas no Brasil.
Outras mudanças foram a inclusão, nas importações, da energia elétrica produzida pela usina de Itaipu e comprada do Paraguai, num total de US$ 1,5 bilhão por ano, e das compras feitas pelo programa Recof, que concede isenção tributária a importações usadas para produção de bens que serão exportados. Toda a série histórica a partir de 1989 foi revisada com a nova metodologia.
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