WTM projeta faturar R$ 100 milhões no ano

Receita prevista por empresa de Balneário Camboriú é 42,86 superior à do ano passado
Especialista em importação e exportação de serviços de tecnologia, empresa está incentivando negócios internacionais e aproximando soluções brasileiras do mercado estrangeiro

Focada em soluções para empresas importadoras ou exportadoras de serviços de tecnologia, a WTM projeta ter em 2025 o seu melhor período dos mais de 20 anos de história, atingindo um faturamento na casa dos R$100 milhões no mercado brasileiro. O cálculo vem a partir de um crescimento exponencial recente, de um faturamento anual de cerca de R$1,2 milhão em 2021, que avançou para mais de R$70 milhões em 2024. Para CEO da WTM Lisandro Vieira, o segredo do crescimento é olhar para as oportunidades globais.

Com sede em Balneário Camboriú (SC) e unidades nos Estados Unidos, Canadá, Emirados Árabes Unidos, México, Peru, Portugal e Uruguai, a WTM atuava até 2020 com soluções tecnológicas ligadas ao Siscoserv, programa da Receita Federal que lidava com operações internacionais de serviços e bens intangíveis. Com o programa descontinuado pelo governo em 2020, a WTM perdeu em um único dia 4300 clientes e 70% do faturamento. Quase quebrando, a empresa pivotou o negócio, mas deu a volta por cima.

"Em oito meses criamos uma tecnologia pioneira no Brasil, que assume toda a burocracia, e passamos a oferecer um serviço que atende a todas as necessidades tributárias de importações e exportações de tecnologia para empresas de qualquer porte. Para cuidar de todos os trâmites, qualificamos o time de tecnologia e trouxemos especialistas com experiência na Receita Federal, e o que começou como uma planilha de Excel virou uma plataforma", explica, o CEO da WTM.

Tributação "ignorada" traz riscos às empresas
O crescimento da WTM acompanha uma necessidade do mercado, que cada vez mais demanda soluções tecnológicas que são, frequentemente, importadas. Vieira ressalta que ainda há um grande desconhecimento que traz riscos para empresários que não tratam da forma correta a tributação de softwares e ferramentas digitais, como ChatGPT, Zoom, Slack e outros aplicativos populares em empresas. Geralmente com assinaturas pagas por meio de um cartão de crédito, essas ferramentas são compras internacionais que demandam um recolhimento específico de impostos como IRRF, Cide, PIS/Cofins, IOF e ISSQN. Sem recolher esses tributos, empresas correm o risco de serem multadas pela Receita.

"O Brasil ainda está para trás na questão da internacionalização. Tem a questão do idioma, políticas públicas, iniciativas de fomento e a própria cabeça do empreendedor, que muitas vezes não imagina que seu serviço pode ter clientes também no exterior", ressalta Vieira, que tem aproximado a WTM e o ITH de universidades para que o tema seja tratado em disciplinas de comércio exterior, por exemplo.

Especializando o negócio em torno de tudo que envolve a importação e exportação de serviços de tecnologia, a WTM passou a atuar também como um agente de incentivo dentro do ecossistema. Vieira acumula também o cargo de diretor do grupo temático de internacionalização da ACATE (Associação Catarinense de Tecnologia), posição em que segue o propósito de "incentivar pessoas e empresas a se tornarem globais". Um propósito que conversa com o International Tech Hub (ITH), empresa spinoff da WTM aberta em 2023 com foco em trazer maturidade para negócios internacionais em ecossistemas de tecnologia e inovação — como a própria ACATE e outros hubs no país.

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Terça, 29 Abril 2025

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