Irani Ventures acelera startup do Paraná que produz embalagens sustentáveis

A Mush desenvolve também itens de mobiliários e itens de decoração, design, moda e construção civil
A partir de resíduos orgânicos, a tecnologia desenvolvida pela Mush faz com que seja possível controlar o processo natural de crescimento do micélio

A Irani Ventures, veículo de Corporate Venture Capital da Irani, anuncia um aporte a startups, agora com um investimento de R$ 900 mil na paranaense Mush. A iniciativa escolhida desenvolve produtos ecológicos e biodegradáveis à base de fungos oriundos de resíduos agrícolas e vegetais. A Mush foi fundada em 2019 por Eduardo Sydney, Leandro Oshiro e Antônio Carlos de Francisco. "Enquanto indústria, queremos, cada vez mais, apoiar iniciativas inovadoras que tenham uma forte preocupação com o meio ambiente. Acreditamos que essa preocupação se reflete no desenvolvimento do ecossistema como um todo, por isso o trabalho da Mush nos encantou tanto", diz Fabiano Alves Oliveira, diretor de pessoas, estratégia e gestão da Irani.

A partir de resíduos orgânicos, a tecnologia desenvolvida pela Mush faz com que seja possível controlar o processo natural de crescimento do micélio (parte vegetativa dos fungos composta por uma rede de fibras finas, semelhantes a raízes). Assim, o aglomerado de hifas (filamentos do fungo) se desenvolve como uma espécie de rede, agindo como cola e unindo resíduos uns nos outros, formando um material único, sólido e bastante resistente. Atualmente, a startup utiliza essa técnica para produzir materiais 100% orgânicos e biodegradáveis em condições domésticas, o que gera um impacto ambiental muito positivo. Seu catálogo inclui embalagens, mobiliários e itens de decoração, design, moda e construção civil.

Para Paulo Beck, Head de Investimentos da Grow+, gestores do Irani Ventures, essa é uma aposta com enormes chances de escala. "Quando estávamos selecionando startups para receber investimento da Irani Ventures, procurávamos uma empresa com tecnologia de ponta, capaz de transformar resíduos em matéria-prima e que suas soluções estivessem aderentes à nossa tese de novas embalagens. Encontramos na Mush muito mais do que uma empresa de transformação de resíduos: é uma empresa com processo inovador, tecnologia patenteada e pesquisadores suportados pelo CNPQ, que lhes permite manter um time robusto e multidisciplinar de pesquisa científica", ressalta o executivo. "Nossas embalagens, assim com outros itens do catálogo, são totalmente sustentáveis e atendem ao anseio do consumidor em gerar menos lixo. E, além de embalagens, percebemos que essa matéria-prima pode ter muitas aplicações, com pesquisas que este novo aporte realizado pela Irani Ventures irá ajudar a acelerar", explica Eduardo Sydney, um dos fundadores.

Em 2022, a Irani Ventures anunciou o seu primeiro aporte financeiro, investindo R$ 1,5 milhão na Trashin, startup de impacto criada em 2018. Com sede em Porto Alegre, a iniciativa promove a economia circular através da gestão de resíduos e de programas de logística reversa. Em 2023, a segunda escolhida para o aporte foi a growPack, com R$ 1,4 milhão. A startup desenvolve tecnologias para produzir embalagens alimentícias sustentáveis utilizando resíduos reaproveitados de agricultura local, como a palha do milho.

Veja também:

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 21 Novembro 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://amanha.com.br/