Por que torço pela Croácia?
Foi só na Copa de 1974 que entendi como se pode torcer por um time em função de um jogador de nossa predileção. No caso, tratou-se de Marinho Chagas, o lateral da Seleção Brasileira que tinha despontado para o grande público no Náutico, do Recife. Potiguar, Marinho parecia dominar todos os fundamentos imagináveis e eu o tinha quase como um membro da família. O destino da Seleção parecia ser menos importante do que o sucesso dele.
Embora atípica em esportes coletivos, sinto essa mesma pulsão em favor de Modric, o croata que joga no Real Madrid. Assim, ademais do desejo de ver a consagração de uma seleção nova – e, é claro, tampouco o triunfo belga me desapontaria –, também gosto muito da Croácia, um dos mais belos países europeus. Quem o visitar por uma única vez, fantasiará pelo resto da vida sobre o quão maravilhoso seria viver nas praias sinuosas, diante do mar mais belo do mundo.
Quanto a Modric, acho impressionante como ele chama o jogo para si e o distribui com uma visão que só os iluminados possuem. Baixinho, a desvantagem física numa Copa em que a estatura vem contando como nunca, o croata dá velocidade ao jogo, o cadencia e parece nutrir uma relação de amor inequívoca com a bola. Maior amigo de Marcelo, nosso lateral, Modric é tido como a anti-estrela. Indiferente aos modismos do futebol, sua consagração coroaria a combinação da sobriedade com o talento.
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