O paradoxo da escassez

Oferecer produtos limitados e exclusivos pode ser uma poderosa ferramenta de marketing ao explorar a tendência humana natural de valorizar coisas que são raras ou difíceis de obter
A Coca-Cola já lançou edições sazonais com sabores inusitados como baunilha, laranja, café e até marshmallow

Oferecer produtos limitados e exclusivos pode ser uma poderosa ferramenta de marketing ao explorar a tendência humana natural de valorizar coisas que são raras ou difíceis de obter. No entanto, a palavra de ordem deve ser utilizar essa estratégia com moderação. "Se for frequente demais, a iniciativa perde o atrativo. É possível certa periodicidade, como fazer uma vez por ano, lançar uma linha especial daquela mercadoria, ligada a algum evento ou estação, por exemplo, mas não pode ultrapassar esse período, nem se tornar fixa", ensina o especialista André D´Ângelo.

Marcas de grande consumo, como Coca-Cola e Fruki, por exemplo, apostam em lançamentos sazonais, ligados a momentos específicos do ano, como verão, datas comemorativas ou mesmo collabs inesperadas. A Coca-Cola já lançou edições sazonais com sabores inusitados como baunilha, laranja, café e até marshmallow. A Fruki também tem ofertado edições limitadas de alguns de seus refrigerantes, como o Fruki Berga, que mistura o sabor da bergamota com a fórmula da bebida.

Grifes premium podem ser ainda mais estratégicas, lançando experiências exclusivas, tornando cada evento ou produto um verdadeiro marco. Já as marcas de nicho, como os segmentos de moda e cosméticos, têm potencial em colaborações especiais e lançamentos limitados com influenciadores, aumentando a percepção de valor desses produtos. Mas é possível oferecer serviços limitados também. O segredo é transformá-los em experiências escassas. Restaurantes e cafeterias podem criar menus sazonais disponíveis por tempo limitado. Spas e academias podem oferecer experiências VIP apenas para clientes selecionados. E serviços de streaming podem liberar conteúdos especiais para membros premium – algo que a Netflix já faz com eventos presenciais para fãs de séries populares, por exemplo. Para Juliana Hendges, diretora da Engaje, a pergunta que toda marca deveria se fazer é: "Se meu produto fosse tirado do mercado hoje, alguém sentiria falta?". De acordo com ela, se a resposta for "sim", a empresa já domina o paradoxo da escassez. Se a resposta for "não", talvez esteja na hora de repensar a estratégia.

Esse conteúdo é parte integrante do caderno Top of Mind RS 2025 – As Marcas do Rio Grande. Acesse a publicação completa clicando aqui.

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Terça, 06 Mai 2025

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