Indústria gaúcha cresce pelo segundo mês consecutivo, mas cenário ainda é de cautela
O desempenho positivo em maio foi impulsionado, principalmente, por um salto de 8,7% nas compras industriais — maior contribuição para o crescimento do índice no mês. Também houve avanço no faturamento real (1,6%), nas horas trabalhadas na produção (3,9%) e no emprego (0,9%), todos com variações positivas pelo segundo mês consecutivo. A utilização da capacidade instalada também cresceu, passando de 78% para 79,6%. Por outro lado, a massa salarial real teve queda de 0,5% no período, o único recuo entre os indicadores mensais.
Base fraca de comparação
Na comparação com maio de 2024, o IDI-RS avançou 11,3%, considerado o melhor resultado anual desde agosto de 2021 (+14,1% em relação a agosto de 2020). O desempenho foi puxado principalmente pelas compras industriais, que cresceram 41,2%, e pelo faturamento real, com alta de 15,6%. Esses números, no entanto, são influenciados por bases de comparação baixas, em razão dos efeitos das enchentes no ano passado e do impacto da pandemia em 2020. Ainda assim, o acumulado de janeiro a maio de 2025 mostra uma reversão no quadro: o índice subiu 1,7% frente ao mesmo período de 2024, revertendo a queda de 0,6% registrada até abril.
No acumulado do ano, destacaram-se os segmentos de máquinas e equipamentos (12,6%), informática e eletrônicos (41,8%), químicos, derivados de petróleo e biocombustíveis (5,7%). Em contrapartida, setores como couros e calçados (-5,9%), veículos automotores (-5,1%) e tabaco (-9,5%) registraram desempenho negativo. Entre os componentes do índice, além das compras industriais (8,5%), também apresentaram crescimento o faturamento real (0,9%), o emprego (1,3%) e a massa salarial real (2,2%). Apenas as horas trabalhadas na produção (-0,7%) e a utilização da capacidade instalada (-0,6 ponto percentual) recuaram no acumulado.
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