Vendas de eletroeletrônicos aumentaram quase cinco vezes em 30 anos

Entre 1994 e 2014, a indústria atingiu autossuficiência e alcança quase todos os lares brasileiros
Vendas no setor cresceram 381,4% em 30 anos, segundo levantamento da Eletros

Nesta quarta-feira (27), a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) apresentou um balanço inédito do setor e perspectivas para os próximos anos. O anúncio aconteceu em um seminário na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. "Esses números históricos são a tradução, em escala nacional, do esforço coletivo de toda a cadeia produtiva, desde a pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de última geração ao do chão de fábrica, passando pelo dinamismo do varejo e pela qualificação da mão de obra. A indústria brasileira de eletroeletrônicos é madura, resiliente e imprescindível para o presente e o futuro do país", afirma Jorge Nascimento, presidente executivo da Eletros. 

O crescimento não se deu de maneira linear, mas resultou de saltos expressivos a cada década: foram 27 milhões de aparelhos vendidos em 1994 e, apenas dez anos depois, esse número já havia subido para 34 milhões. Em 2014, a marca de 86 milhões de aparelhos consumidos revelou o impacto da inclusão tecnológica e do aumento do poder aquisitivo. Já no ano passado, a cifra de 130 milhões consagrou o segmento como referência em abastecimento, modernização e acessibilidade para o consumidor brasileiro. O aumento de 378% nas vendas foi mais de três vezes superior ao crescimento de domicílios. Segundo dados do IBGE, o Brasil tinha aproximadamente 39 milhões de domicílios em 1994 e chegou a cerca de 80 milhões em 2024.

Esse cenário revela não só o aumento do poder de compra dos brasileiros, mas também o impacto de políticas públicas de incentivo à produção, ampliação do crédito e apoio à inovação industrial. Com o passar dos anos, o aumento da renda média, programas de acesso a bens duráveis e a modernização da indústria também contribuíram para tornar os eletroeletrônicos parte do cotidiano da maioria das famílias. O setor não apenas acompanhou as mudanças do país, como também redefiniu padrões de consumo e ampliou a inclusão tecnológica dos brasileiros, como analisam estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e levantamentos oficiais do IBGE.

"No começo dos anos 1990, era um desafio imaginar que praticamente todos os lares brasileiros teriam acesso a equipamentos de ponta fabricados aqui mesmo, com padrão internacional de qualidade", pontua Nascimento. "Hoje, o consumidor nacional encontra TVs, refrigeradores e eletrodomésticos inteligentes produzidos no Brasil, levando inovação, conforto, eficiência energética e conectividade para a população", enumera o presidente executivo da Eletros. 

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Quarta, 27 Agosto 2025

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