Eis as cidades do Sul que mais investiram em 2018
Dentre 17 cidades do Sul, Porto Alegre (RS) levou o título de município que mais investiu em 2018. O levantamento feito pelo anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, lançado neste mês pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP). Em sua 15ª edição, a publicação utiliza como base números da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando uma análise do comportamento dos principais itens da receita e despesa municipal, tais como ISS, IPTU, ICMS, FPM, despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros.
A capital do Rio Grande do Sul totalizou investimentos da ordem de R$ 296,1 milhões no ano passado. Apesar da primeira colocação no ranking dentre as cidades do Sul, Porto Alegre registrou uma queda de 18,5% no montante aplicado. Já Curitiba, que ocupou a segunda colocação, investiu R$ 275,9 milhões contra os R$ 249,5 aplicados em 2017, uma alta de 10,6%.
Por outro lado, Maringá foi uma das cidades com os melhores indicadores da região dentre as selecionadas por Multi Cidades: terceira colocada em valor absoluto em recursos aplicados (R$ 218,7 milhões), o que a fez ocupar a segunda colocação em crescimento (alta de 149,7%, perdendo apenas para Foz do Iguaçu, que teve um aumento de 180,1%) e o maior valor de investimento per capita da região Sul, de R$ 524,54.
As quedas mais acentuadas no gasto foram registradas em Pelotas (RS), de 49,6%, São José dos Pinhais (PR), de 31,1%, e Canoas (RS), de 30,7%. Dentre as três capitais, Porto Alegre foi a única que apresentou um recuo de 18,5%. Florianópolis (SC) teve um incremento de 65,7%, totalizando R$ 123,1 milhões; e em Curitiba (PR) o crescimento foi de 10,6%.
Fonte: Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, publicação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP)
Brasil: alta dos investimentos foi mais intensa nos pequenos municípios
São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG) ficaram os melhores lugares do pódio nacional. A primeira cidade a figurar no ranking sem ser uma capital foi São Bernardo do Campo (SP), com o quarto lugar. O levantamento também apontou que o volume total dos investimentos das cidades brasileiras foi de R$ 38,37 bilhões em 2018, um crescimento de 35,8% se comparado ao ano anterior, em valores corrigidos pelo IPCA. Apesar da alta, os anos anteriores foram de quedas expressivas em obras e aquisição de equipamentos pelas prefeituras.
“Os investimentos municipais iniciaram sua trajetória de queda em 2015. Após três anos de fortes retrações, os aportes caíram para um total de R$ 28,25 bilhões e a alta registrada de 35,8%, em 2018, ainda não é suficiente para repor a despesa aos patamares dos anos pré-crise”, explica Alberto Borges, economista e diretor do anuário.
Conforme os números, a alta dos investimentos foi mais intensa nos municípios de menor porte populacional. Naqueles com até 20 mil habitantes, a quantia injetada, de R$ 8,64 bilhões, foi 53,5% maior que o ano anterior e já corresponde a quase 77% do volume médio assinalado na primeira metade da presente década. Nas capitais brasileiras e entre as 106 cidades selecionadas, que inclui as capitais e pelo mais um entre os maiores municípios de cada estado, o crescimento médio foi de 12,5% e 17%, respectivamente.
As transferências de capital – recursos que as cidades recebem da União e dos estados para serem aplicados em investimentos – tiveram uma expansão em 2018. Os repasses da União saltaram de R$ 5,83 bilhões, em 2017, para R$ 9,03 bilhões, em 2018, alta de 54,9%. Já os recursos oriundos dos estados passaram de R$ 2,21 bilhões em 2017 para R$ 3,82 bilhões, um crescimento de 72,6%. Esses repasses foram determinantes para o bom desempenho dos investimentos nos pequenos municípios. Já para as capitais e as 106 cidades selecionadas no estudo, os montantes oriundos de empréstimos foram mais importantes.
As receitas de operações de crédito injetaram R$ 5,46 bilhões nos investimentos municipais, em 2018, um acréscimo de R$ 1,32 bilhão em relação a 2017. Entretanto, apenas 12 municípios contabilizaram receitas de operações com valores superiores a R$ 100 milhões. As prefeituras também ampliaram o uso dos recursos próprios, que subiu de R$ 14,48 bilhões, em 2017, para R$ 17,22 bilhões, em 2018.
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