BRF anuncia investimentos de R$ 55 bilhões em uma década

Companhia catarinense prevê receita superior a R$ 100 bilhões até 2030
Focos serão liderar e transformar mercados, canais e geografias no Brasil e a expansão internacional, revela o CEO global Lorival Luz

A BRF, a segunda maior empresa da região, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL lançado nesta terça-feira (8), apresentou na manhã de hoje o plano Visão 2030, a estratégia de crescimento que deverá levar a empresa a uma receita anual aproximada superior a R$ 100 bilhões na próxima década, período em que pretende investir mais de R$ 55 bilhões. Para isso, a companhia, que detém marcas como Sadia, Perdigão, Qualy e Banvit, espera consolidar a sua liderança, como uma empresa global de alimentos de alto valor agregado, com marcas fortes, produtos de alta qualidade e ainda mais admirada pelos consumidores, proporcionando a ampliação do retorno e expansão das margens.

Assim, a BRF tem como objetivo alcançar presença local em alguns dos maiores centros consumidores de valor agregado do mundo, além de ampliar sua participação em ready meals (pratos prontos), aumentar sua presença nos promissores mercados de carne suína de alto valor agregado e PET, além de liderar a maior transformação no consumo de novas proteínas dessa geração. "Pretendemos nos consolidar como uma empresa global de alimentos de alto valor agregado, com portfólio de marcas fortes e produtos cada vez mais práticos e saborosos, de qualidade e confiabilidade no momento que os clientes e consumidores quiserem, onde quiserem e da forma que quiserem. Nossa intenção é atuar de forma sustentável, sendo protagonistas e agentes de transformação", projeta Lorival Luz, CEO global da BRF.

Dentro dessa estratégia, no Mercado Brasil, a BRF quer liderar o mercado de ready meals (pratos prontos), o qual se estima deve chegar a R$ 16 bilhões nos próximos anos e apresenta demanda crescente atrelada à tendência do hábito de consumo dos clientes, com expectativa de crescer mais de quatro vezes o seu tamanho atual. O segmento de suínos de alto valor agregado é outro foco de atuação da Companhia, que oferece grande potencial para quintuplicar seu tamanho no Brasil.

Em evolução constante e ininterrupta por alguns anos, o mercado PET faz parte dos planos da BRF, no qual a empresa pretende ser umas das líderes em cinco anos. Com crescimento em média de 12% ao ano, estima-se que este segmento possa alcançar R$ 40 bilhões, com possibilidade de ser replicado em outras geografias onde a empresa está ou pretende estar presente. A BRF também espera ocupar posição de protagonismo no mercado de substitutos de carne e novas fontes de proteína, no qual deverá ocorrer a maior transformação do setor de alimentos. Este setor ainda incipiente tem potencial para chegar a mais de R$ 13 bilhões, e espera-se que BRF apresentará capacidade para acelerar e liderar esta evolução alimentar.

A empresa catarinense pretende investir organicamente R$ 55 bilhões na próxima década, majoritariamente com recursos originados pela geração de caixa da própria empresa. Também planeja usar novas linhas de crédito e a sustentação do perfil de endividamento atual com prazo médio acima de 9 anos para financiar estes investimentos.

A primeira fase da execução da Visão 2030 compreende de 2021 a 2023, período no qual a Companhia pretende focar esforços em aumento de produtividade e eficiência operacional com o objetivo de expandir as margens e gerir custos. Ao final desta primeira etapa, estima-se que a receita líquida atingirá cerca de R$ 65 bilhões, de modo a dobrar também o Ebitda atual. Na segunda fase, entre 2024 e 2026, a empresa espera ter uma estrutura de capital mais otimizada, com expectativa de crescimento de cerca de 2,5x em receita líquida e Ebitda, em comparação aos níveis atuais. Na terceira etapa, de 2027 a 2030, estima-se que a BRF entrará na fase de maturação da maioria das iniciativas e com aceleração da captura de valor econômico e continuidade de investimentos. Neste período, espera-se que a receita líquida venha a atingir mais de R$ 100 bilhões, com portfólio de alimentos de valor agregado superior a 70%, e Ebitda que estima-se deverá atingir 3,5x o patamar atual, margens acima de 15% e ROIC de cerca de 16%.

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Quinta, 12 Dezembro 2024

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