Prepare o bolso: não é apenas o vinho que seguirá mais caro

Grandes indústrias de cerveja já anunciaram que reajustarão preços da bebida
No acumulado anual, a cerveja comprada em supermercados acumula deflação de 1,9%, enquanto a servida em bares teve um leve aumento de 0,2%

Um levantamento deste ano realizado pela Numbeo e divulgado pela plataforma de desconto on-line Cuponation revelou que o Brasil em uma das cervejas mais baratas do mundo. A pesquisa calculou o preço do produto tendo como base meio litro, na qual o país se posiciona entre as 30 nações com a bebida mais em conta, cobrando por volta de R$ 5,45. O estudo foi feito com base em compras em supermercados.

Porém, no que depender das grandes indústrias da chamada "bebida fria", o reajuste vem por aí – e já tem data marcada: será neste mês de setembro. No acumulado anual, a cerveja comprada em supermercados acumula deflação de 1,9%, enquanto a servida em bares e restaurantes teve um leve aumento de 0,2% (veja na terceira tabela o comparativo do IPCA do vinho e da cerveja, feito com base na divulgação do IBGE). As cervejarias Ambev, Heineken e Petrópolis devem elevar seus preços em 5%, antecipou um relatório recente do Credit Suisse. Assim como no vinho, a alta do dólar é uma das justificativas – mas não a única. Ao longo do ano, a moeda norte-americana valorizou 36,6% frente ao real.

No início deste mês, a Heineken confirmou a remarcação dos preços da bebida em um comunicado oficial. "O reajuste de preços está relacionado à dinâmica natural do mercado brasileiro e à necessidade de compensar o impacto da valorização do dólar, uma vez que grande parte dos insumos envolvidos na produção das cervejas, incluindo, principalmente, o malte e materiais de embalagens, é importada", justifica a empresa. A falta de alumínio no mercado brasileiro é outro fator que pesou na decisão.

Já o vinho segue a sina do aumento constante de preços. Conforme Cepas & Cifras antecipou, o reajuste começou a ser feito a partir de junho. Em agosto, a bebida de Baco vendida em supermercados e lojas especializadas avançou, em média, 1,1% no país. São Paulo, desta vez, obteve a maior alta. O vinho degustado fora de casa viu o preço elevar 1,2% (lembrando que, pela metodologia empregada, esse item é pesquisado apenas na cidade do Rio de Janeiro). Até agosto, a inflação do vinho para consumir em casa é de quase 5% no país – índice sete vezes maior que o IPCA no mesmo período (0,7%). Porto Alegre, com índice de 11,6%, é a capital onde os rótulos mais foram reajustados. Curitiba segue sendo a cidade pesquisada pelo IBGE onde a bebida sofreu deflação. Até agosto, os preços caíram quase 2% na capital paranaense.

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Quarta, 01 Mai 2024

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