Inflação tem alta de 0,23% em agosto
A inflação do mês de agosto foi de 0,23%, ficando 0,11 ponto percentual acima da taxa de 0,12% registrada em julho. No ano, o IPCA acumula alta de 3,23% e, nos últimos 12 meses, de 4,61%, acima dos 3,99% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta no mês de agosto. O maior impacto veio de habitação. Destacam-se, ainda, as altas de saúde e cuidados pessoais e transportes. No lado das quedas, o grupo de alimentação e bebidas caiu pelo terceiro mês consecutivo.
A principal influência no resultado do mês veio de Habitação, com destaque para o subitem energia elétrica residencial, com um aumento de 4,59%. "O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto", explica o gerente do IPCA/INPC, André Almeida. O grupo de saúde e cuidados pessoais foi o segundo maior impacto. "O que contribuiu para a aceleração foi a alta em higiene pessoal, passando de -0,37% em julho para 0,81% em agosto. Também houve alta nos preços dos produtos para pele e dos perfumes", aponta Almeida.
Por outro lado, o grupo de alimentação e bebidas apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo, em grande parte devido ao recuo nos preços da alimentação no domicílio. "Temos observado quedas ao longo dos últimos meses em alguns itens importantes no consumo das famílias como, por exemplo, a carne bovina e o frango, que está relacionado à questão de oferta. A disponibilidade de carne no mercado interno está mais alta, o que tem contribuído para a queda nos últimos meses", destaca o gerente.
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