Indústria do Paraná recua 5,1% em janeiro
A queda de 2,4% da produção industrial nacional na passagem de dezembro de 2021 para janeiro de 2022, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada por dez dos 15 locais pesquisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional). O estado do Amazonas teve a maior queda, de 13,0%, no mês, mas o que mais influenciou o resultado geral da indústria foi o recuo da 10,7% em Minas Gerais. Esses são alguns resultados regionais que o IBGE divulga hoje (15).
A queda na produção de alimentos teve impacto no Paraná (-5,1%), a terceira maior influência no índice nacional, bem como a de veículos. Após avançar 7,7% em dezembro, a indústria paranaense teve recuo de 5,1%, que foi o mais intenso desde junho de 2021, quando recuou 6,1%. Mas a indústria paulista, quinta maior influência sobre índice nacional, também teve recuo, de 1%, sob o impacto da queda da produção de veículos automotores, bem como de máquinas e equipamentos.
"O setor de veículos ainda sofre com desabastecimento de insumos, encarecimento de matérias-primas e queda da demanda, devido à queda do poder aquisitivo da população. Contudo, cabe lembrar, também, que janeiro é um mês em que, normalmente, as indústrias do setor concedem férias coletivas a seus funcionários, contribuindo para o recuo nesse mês", ressalta o analista da pesquisa, Bernardo Almeida. Pernambuco (-5%) e Ceará (-3,8%) também registraram taxas negativas mais intensas do que a média nacional (-2,4%). E Goiás (-1,7%), região Nordeste (-1,6%) e Rio de Janeiro (-1,4%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em janeiro.
Já na outra ponta, Mato Grosso (4%) e Espírito Santo (2,6%) mostraram os avanços mais elevados em janeiro frente a dezembro, com o primeiro marcando a quarta taxa positiva seguida e acumulando nesse período expansão de 37,6%; e o segundo registrando crescimento de 8,8% em dois meses consecutivos de expansão na produção. Bahia (1,2%), Santa Catarina (0,9%) e Rio Grande do Sul (0,8%) assinalaram os demais resultados positivos do mês. "O Mato Grosso se destaca com o avanço no setor de alimentos, tendo sido a principal influência positiva no resultado nacional. O estado assinalou sua quarta taxa positiva consecutiva e acumula avanço de 37,6% no período", pontua Almeida.
Mais sobre a pesquisa
A Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e região Nordeste.
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