RS tem oito regiões em vermelho na 12ª semana do Distanciamento Controlado
Na 12ª rodada do Distanciamento Controlado, o Rio Grande do Sul manteve as mesmas oito regiões da semana anterior em bandeira vermelha. A divulgação foi feita pelo governador Eduardo Leite em transmissão pelas redes sociais nesta segunda-feira (27). As bandeiras ficam vigentes a partir da 0h desta terça (28) até as 23h59 da próxima segunda-feira (3). No mapa preliminar, divulgado na sexta-feira (24), 14 regiões haviam sido classificadas com alto risco epidemiológico. Após analisar 49 pedidos de reconsideração enviados por municípios e associações, o Gabinete de Crise decidiu acatar o recurso de seis regiões, resultando em 12 regiões com bandeira laranja (risco médio).
O governo decidiu acatar o pedido de reconsideração de Bagé e Pelotas, cujo recurso foi encaminhado pelo município para toda a região, e das associações regionais de Cruz Alta, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa e Santo Ângelo. Um dos indicadores que ajudou todas essas regiões a se manterem na bandeira laranja foi a disponibilidade de leitos de UTI para atender pacientes com a Covid-19 em todo o Rio Grande do Sul, por conta da ampliação que o governo está promovendo em parceria com municípios, hospitais e Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, já foram habilitados 697 leitos – ampliação de 74,7%, totalizando 1.630 leitos UTI adulto SUS. Graças à maior oferta de leitos, mesmo com o aumento do contágio da doença, o Rio Grande do Sul passou de 547 leitos livres na semana anterior para 566.
O Gabinete de Crise indeferiu os recursos apresentados pelas regiões de Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões e Passo Fundo, que permanecem em bandeira vermelha, por terem apresentado alto nível de ocupação dos leitos e de propagação do vírus. Assim, se juntam a Capão da Canoa, Novo Hamburgo (foto acima), Canoas e Porto Alegre, que já estavam em vermelho, e seus representantes não apresentaram pedido de reconsideração. Leite também destacou o fato que algumas localidades da Região Metropolitana diminuíram a velocidade do contágio e, também, das internações, fatores que podem levar a fazer com que essas regiões voltem para a bandeira laranja nas próximas semanas.
"Está muito claro que o distanciamento tem ajudado até aqui a manter sob controle a capacidade da oferta de leitos diante da demanda que temos para Covid-19 e para outras síndromes respiratórias. Sabemos que as pessoas estão cansadas e que há uma demanda econômica relevante, mas sabemos também que essas medidas de distanciamento estão significando menor circulação de coronavírus e outros vírus, e que estão ajudando a termos se não a redução do número de casos, uma velocidade menor do crescimento", destacou Leite ao citar que, segundo informações recentes da indústria farmacêutica, o volume de medicamentos antigripais vendidos no país tem sido menor neste ano do que em 2019.
Regra 0-0
Depois da análise de recursos, o Rio Grande do Sul ficou com 252 municípios sob bandeira vermelha, o que corresponde a 63,6% da população gaúcha (7.199.739 habitantes). Desse total, 119 municípios não tiveram registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de morador nos 14 dias anteriores ao levantamento – equivalente a 5% da população gaúcha (565.025 habitantes). As prefeituras dessas cidades se adequam à chamada Regra 0-0 e podem adotar protocolos previstos na bandeira laranja por meio de regulamento próprio. Basta que mantenham atualizados os registros nos sistemas oficiais e adotem, por meio de decreto, regulamento próprio, com protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja.
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