População negra no Sul enfrenta desigualdades no mercado de trabalho
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo IBGE referentes ao segundo trimestre de 2025, evidenciam desigualdades estruturais enfrentadas pela população negra, que constitui a soma entre os autodeclarados pretos e pardos. Apesar de ser maioria no país, a população negra é minoria na região Sul, onde também enfrenta os piores indicadores. Na região, apenas 27% da população se declara negra. Os estados refletem essa composição: no Paraná, os negros são 35,2% da população; em Santa Catarina, 22,4%; e no Rio Grande do Sul, 21,6%.
Mesmo possuindo ensino superior completo, a população negra recebe os menores salários. A renda média de um trabalhador negro com diploma era de R$ 5.208, valor 25% menor do que a recebida pelos trabalhadores não negros com o mesmo nível de instrução, que era de R$ 6.940. A taxa de informalidade entre os trabalhadores negros no Sul também chama a atenção, variando entre os estados. No Paraná, por exemplo, 31% das mulheres e 30% dos homens negros estavam na informalidade. Em Santa Catarina, 21% dos trabalhadores negros eram informais. No Rio Grande do Sul 30% das mulheres e 29% dos homens negros estavam em situação de informalidade. Além disso, 21% da população negra ocupada no Sul recebia até um salário mínimo.
No Brasil, a pesquisa demonstra a predominância da população negra no perfil demográfico e no mercado de trabalho. De acordo com a pesquisa, a população negra correspondia a 56,4% dos brasileiros no período, o que representa mais de 120 milhões de pessoas. No mercado de trabalho, mulheres negras (23,9 milhões) e homens negros (32,8 milhões) constituíam a maioria entre os ocupados, os trabalhadores formais e os desempregados.
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