Inadimplência cresce e atinge 62,7 milhões

Número teve alta de 6,5% em comparação a junho de 2021
Em média, cada consumidor negativado devia R$ 3.583,21 na soma de todos os débitos

Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (38,8%) estavam negativados em junho de 2022 – o equivalente a 62,7 milhões de pessoas. No último mês, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 6,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em junho deste ano ficou acima da observada no mês anterior. Na passagem de maio para junho, o número de devedores cresceu 0,6%.

O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca o impacto da inflação na renda da população. "Os preços continuam subindo e os itens básicos têm ocupado mais espaço no orçamento das famílias. Com isso, as outras contas acabam ficando para segundo plano", avalia. O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 91 dias a 1 ano (40%).

Em média, cada consumidor negativado devia R$ 3.583,21 na soma de todos os débitos. Destaca-se a evolução das dívidas em bancos, com alta de 24,3%. "O Banco Central tem atuado para diminuir a inflação, mas os efeitos ainda não foram sentidos no bolso da população que acumula dívidas dos últimos dois anos de crise. É importante que o consumidor tente negociar seus débitos, principalmente com os bancos que normalmente cobram taxas mais altas pelos atrasos", aconselha Roque Pellizzaro Junior, presidente do SPC Brasil.

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