Como Leite vê o jogo do seu governo “aos 25 minutos do primeiro tempo”
O governo de Eduardo Leite (foto) tem trabalhado com três pilares para perseguir a competitividade, palavra de ordem do jovem ocupante do Palácio Piratini. Para chegar lá, ele pretende reduzir custos logísticos e tributários, além de enxugar a burocracia da máquina pública. "Obtivemos importantes avanços com a aprovação da modernização do código estadual do meio ambiente, que já está tornando menos burocrático o licenciamento de empreendimentos, a aprovação da privatização da CEEE, da CRM e da Sulgás, além das concessões de rodovias à iniciativa privada e a própria aprovação das reformas", enumera.
A partir dessas ações, Leite acredita que é possível melhorar significativamente a competitividade do Estado, que sofreu duras críticas da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) a partir de uma análise divulgada no início de março (veja aqui). "Isso [as ações mencionadas no primeiro ano de mandato] é fundamental para que que possamos atrair investimentos, gerar emprego e renda para a população e, claro, diminuir impostos. A agenda da reforma tributária será muito importante em 2020 e queremos fazer uma ampla discussão sobre esse tema", revelou ao Portal AMANHÃ na série que entrevistou os três governadores da região Sul. "Vamos manter a nossa agenda de diálogo para encontrarmos as melhores alternativas, que possam diminuir o peso e o tamanho da máquina pública das costas dos cidadãos e de quem empreende e gera emprego e renda", destacou.
Confira aqui a reportagem com Carlos Moisés, governador de Santa Catarina
Leia aqui a reportagem com Ratinho Junior, governador do Paraná
Ao fazer uma avaliação de seu primeiro ano, Leite buscou inspiração no futebol. "Se o mandato fosse uma partida de futebol, de 90 minutos, estaríamos chegando mais ou menos aos 25 minutos do primeiro tempo, ou seja, ainda tem muita bola para rolar." Apesar do pouco tempo, e do quadro financeiro que define como "adverso", Leite viu avanços importantes no pagamento de dívidas, no controle de despesas e na modernização e simplificação da máquina pública com o propósito de "criar um ambiente mais propício ao desenvolvimento".
Além da queda nos índices de criminalidade, que acompanha uma tendência nacional desde o ano passado, o governador coloca em destaque a busca pelo equilíbrio financeiro – o Rio Grande do Sul figura entre os estados com maior fragilidade fiscal, ao lado de Rio de Janeiro e Minas Gerais. Medidas como o Reforma RS e o RS Sustentável, segundo ele, vieram para mudar esta perspectiva, assim como a abertura do Estado a parcerias com o setor privado. "Não podemos conviver para sempre com a pecha de um Estado em constante crise financeira. Estamos virando esse jogo e sendo reconhecidos nacionalmente não mais apenas pelos problemas, mas principalmente pelas soluções que estamos endereçando."
Disposto a "virar a página da crise e tratar do futuro", Eduardo Leite sustenta que é preciso seguir avançando o placar nos 75 minutos de jogo que, segundo ele, restam até o cumprimento do mandato, na metáfora futebolística. "Precisamos seguir evoluindo e precisamos retirar das costas da nossa população o ônus de sustentar uma máquina pública inchada, que obriga os cidadãos a pagar mais e mais impostos, além de conviver com ineficiência em muitos serviços."
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